Prisão de Bolsonaro: PF garante atendimento médico integral a ex-presidente
Bolsonaro terá atendimento médico integral na prisão

Prisão de Bolsonaro e cuidados médicos

O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se sob prisão preventiva desde a madrugada do sábado, 22 de novembro de 2025, na sede da Polícia Federal em Brasília. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o político terá direito a atendimento médico especializado em tempo integral durante o período de detenção.

Condições de saúde do ex-presidente

Familiares e aliados de Bolsonaro manifestaram preocupação com o estado de saúde do ex-presidente, que necessita de acompanhamento médico constante. Segundo sua defesa, o quadro clínico envolve riscos cardíacos, pulmonares e gastrointestinais, agravados pelas sequelas do atentado a faca sofrido em 2018 e pela recente descoberta de um câncer de pele.

A decisão judicial determina que, além do plantão médico disponibilizado pela Polícia Federal, a equipe médica pessoal de Bolsonaro também terá acesso ao ex-presidente para prestar os cuidados necessários. Esta medida busca garantir que todas as necessidades de saúde do detento sejam adequadamente atendidas.

Motivos da prisão preventiva

A prisão preventiva foi decretada com base no risco de fuga e pela garantia da ordem pública. O ministro Alexandre de Moraes citou em sua decisão a convocação de uma vigília pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na portaria do condomínio onde o pai estava em prisão domiciliar.

Outro fator determinante foi a violação da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente. Segundo o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o equipamento foi violado pouco depois da meia-noite. Na decisão, Moraes afirmou que "a informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga".

Bolsonaro admitiu aos agentes federais que utilizou um ferro de solda para violar o dispositivo, mas alegou que o fez "por curiosidade". A defesa do ex-presidente havia solicitado na sexta-feira o cumprimento da pena em regime domiciliar devido às questões de saúde, pedido que foi negado por Moraes no sábado.