
Não é todo dia que a gente vê um ex-presidente da República trocar o Palácio do Planalto por quatro paredes. Pois é, Jair Bolsonaro, aquele mesmo que adorava um churrasco e discurso inflamado, agora passa os dias entre telefonemas, visitas controladas e — pasmem — até umas partidas de buraco.
Enquanto isso, lá do outro lado do mundo, Lula tece seus fios diplomáticos com Xi Jinping, o mandachuva da China. E olha, não são conversinhas de WhatsApp não. São acordos bilionários, apertos de mão fotogênicos e um jogo de xadrez geopolítico que deixaria até o Magnus Carlsen com dor de cabeça.
A vida (não tão) secreta de Bolsonaro em casa
Imagina só: acordar sem aquele alvoroço de assessores, sem agenda lotada, sem helicóptero esperando. O ex-presidente, que sempre foi um furacão, agora vive num ritmo que até minha avó acharia devagar. Recebe poucas visitas — e todas devidamente anotadas pelo pessoal da Justiça. Até o cafezinho perdeu a graça sem plateia para as polêmicas de sempre.
- Rotina matinal: Acorda cedo, mas agora sem pressa. Nada de reuniões às 7h para discutir os rumos do país
- Lazer: Jogos de cartas com a família e — dizem por aí — muita televisão ligada nos noticiários
- Comunicação: Telefonemas monitorados e um silêncio ensurdecedor nas redes sociais
Difícil dizer se ele sente falta do poder ou só da liberdade de dizer o que pensa sem filtro. Quem convive com ele garante que o humor varia mais que preço de gasolina.
Lula e Xi Jinping: um romance que o mercado aprova
Enquanto Bolsonaro vira notícia por ficar em casa, Lula faz das viagens internacionais seu playground político. O presidente, que já foi operário, agora negocia com o homem mais poderoso do Partido Comunista Chinês como quem troca figurinhas no recreio — só que as figurinhas valem bilhões.
Os dois parecem ter descoberto uma sintonia que nem o Tinder conseguiria igualar:
- Acordos comerciais que fazem os empresários brasileiros sorrirem (e os americanos torcerem o nariz)
- Conversas sobre tecnologia verde — porque até a política descobriu que o planeta tá no vermelho
- Aquela velha história de multipolaridade que deixa Washington com os cabelos em pé
Não é só petróleo e soja que movem essa relação. Tem um quê de desafio à hegemonia dos EUA, um tanto de orgulho ferido e — por que não? — uma pitada de vingança histórica. Lula, que já foi recebido como estrela rock nos EUA, agora parece ter virado fã do karaokê chinês.
E o Brasil nisso tudo?
Enquanto os dois protagonistas dessa novela ocupam extremos opostos — um confinado, outro em tour mundial —, o país tenta entender que rumo está tomando. Será que a prisão domiciliar de Bolsonaro acalma os ânimos ou só adia a próxima tempestade? E os flertes de Lula com a China — trarão prosperidade ou novas dependências?
Uma coisa é certa: nesse xadrez político, o povo brasileiro é quem paga o pato — ou melhor, o porco no rolete, pra manter a analogia churrascaria. Resta saber se no próximo capítulo teremos reconciliação, vingança ou — quem sabe? — um plot twist que nem o mais criativo roteirista de Hollywood previu.