
O clima no Congresso Nacional nesta segunda-feira (5) foi de tensão e surpresa. Nem mesmo o café forte servido nas dependências do parlamento conseguiu disfarçar o assunto que dominou os corredores: a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Parece que o ex-presidente virou o assunto do dia — e como! Enquanto uns sussurravam nos cantos, outros não economizavam nos gestos e nas palavras. "É um absurdo", ouvia-se de um lado. "Justiça sendo feita", rebatia outro.
O retorno que virou debate
Mal tinham voltado das férias legislativas e os parlamentares já estavam com a língua afiada. Alguns, diga-se de passagem, mais afiados que faca de açougueiro. O tema? A decisão judicial que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar.
Não demorou nem cinco minutos para o plenário virar um verdadeiro campo de batalha verbal. De repente, todo mundo virou especialista em direito constitucional — ou pelo menos achava que era.
As reações que dividiram o plenário
- Aliados: Chamaram a medida de "perseguição política" e prometeram "lutar até o fim"
- Oposição: Comemoraram discretamente (alguns nem tanto) e falaram em "vitória da democracia"
- Centrão: Ficaram naquele equilíbrio delicado — nem comemora, nem critica demais
E no meio disso tudo, sabe como é né? Teve até quem aproveitasse para puxar assunto sobre reforma tributária. Mas convenhamos: ninguém estava muito interessado em falar de impostos naquele momento.
O que dizem por trás dos panos
Nos bastidores, a história era outra. Alguns deputados confessavam — em voz baixa, quase inaudível — que estavam "aliviados" com a situação. "Melhor assim", murmurou um veterano que preferiu não se identificar. "Agora pelo menos sabemos onde ele está."
Já outros, esses sim, não escondiam a preocupação. "Vai virar mártir", previa um assessor experiente, enquanto acendia mais um cigarro do lado de fora. E pelo jeito, não era o único a pensar assim.
O fato é que, querendo ou não, a sombra de Bolsonaro continua pairando sobre Brasília. E pelo visto, vai continuar por um bom tempo.