O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece preso preventivamente após audiência de custódia realizada neste sábado, 23 de novembro de 2025, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A decisão pela manutenção da prisão foi tomada pela juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, que atua como auxiliar do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
Alegações sobre danos à tornozeleira
Durante a audiência, Bolsonaro fez revelações surpreendentes sobre os motivos que o levaram a tentar violar o equipamento de monitoramento eletrônico. O ex-presidente afirmou que experimentou uma "certa paranoia" entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, condição que atribuiu ao uso de medicamentos.
Segundo consta na ata da audiência de custódia, Bolsonaro declarou ter tido uma "alucinação" de que existia algum tipo de dispositivo de escuta em sua tornozeleira eletrônica. Essa percepção o teria motivado a tentar abrir a tampa do equipamento utilizando um ferro de solda.
Detalhes do ocorrido e contexto médico
O ex-presidente forneceu mais informações sobre o episódio, afirmando que não recorda de ter tido surto similar em qualquer outra ocasião. Ele também revelou que começou a tomar um dos medicamentos aproximadamente quatro dias antes dos eventos que resultaram em sua prisão.
Bolsonaro ressaltou que possui curso de operação de solda e que já tinha o equipamento em sua residência. No entanto, negou qualquer intenção de fuga ao manipular a tornozeleira, argumentando que nem mesmo sua filha, seu irmão mais velho e seu assessor - que estavam presentes no local durante o ocorrido - perceberam sua tentativa de danificar o dispositivo.
Próximos desdobramentos judiciais
O caso terá continuidade na próxima segunda-feira, 24 de novembro, quando a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal irá julgar a prisão preventiva do ex-presidente. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes e executada pela Polícia Federal no último sábado.
Este é mais um capítulo significativo nos processos judiciais envolvendo o ex-presidente, que agora enfrenta questões relacionadas ao cumprimento de medidas cautelares determinadas pela Justiça.