Operação Abafa: Três Mulheres Presas em Escândalo de Fraudes na Câmara de Ipojuca
3 mulheres presas em operação na Câmara de Ipojuca

A coisa esquentou de vez no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. Nesta quinta-feira (3), a Polícia Civil botou a mão na massa — ou melhor, nas algemas — e prendeu três mulheres suspeitas de participar de um esquema de desvio de dinheiro público que tinha como alvo justamente a Câmara Municipal.

Parece que a farra com o dinheiro do contribuinte estava rolando solta, não é mesmo? A operação, batizada de "Abafa", não deixa dúvidas: as investigações apontam que mais de R$ 200 mil foram desviados através de pagamentos feitos de forma totalmente irregular. Uma grana preta que, convenhamos, faz falta em qualquer canto.

Quem são as envolvidas?

A lista das detidas inclui uma ex-vereadora — que teoricamente deveria zelar pelo bom uso do erário — e duas servidoras que trabalhavam no legislativo municipal. A situação é daquelas que dão vergonha alheia: pessoas que deveriam servir à população usando seu cargo para, aparentemente, servir a si mesmas.

Os mandados de prisão temporária foram cumpridos logo cedo, assim que o sol raiou. Dois em Ipojuca mesmo, e um no Recife. A Polícia Civil também executou mandados de busca e apreensão para tentar juntar mais provas contra o trio.

O que a polícia descobriu?

O buraco é mais embaixo — e mais fundo do que se imaginava. As investigações começaram ainda em 2024, e desde então os policiais vêm desvendando uma verdadeira teia de irregularidades. Os crimes investigados são graves: formação de quadrilha, estelionato e peculato.

O esquema, segundo as autoridades, funcionava através de notas fiscais frias — aquela velha história de criar empresas fantasmas para sugar recursos públicos. O dinheiro, é claro, sumia sem deixar rastro de serviços prestados ou produtos entregues.

A situação chegou a um ponto tão crítico que o próprio presidente da Câmara Municipal acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) depois que auditorias internas detectaram as falcatruas. Pelo menos alguém estava fazendo seu trabalho direito.

E agora, o que acontece?

As três mulheres foram levadas para a Cadeia Pública de Abreu e Lima, onde vão responder pelo processo. A Defensoria Pública já deve ter sido acionada — o que é um direito de qualquer cidadão, mesmo quando as acusações são tão graves.

Enquanto isso, a população de Ipojuca fica se perguntando: quantos esquemas como esse ainda operam por aí? Quantos "abafos" precisam ser descobertos? A operação de hoje é só a ponta do iceberg — ou pelo menos é o que todo mundo torce para que seja.

O caso segue sob sigilo, mas uma coisa é certa: a justiça está com os olhos bem abertos. E a conta, no final, sempre acaba chegando.