Grupo é preso em Serrana após roubos e desafios à polícia nas redes
Suspeitos de roubos em Serrana desafiavam polícia online

A Polícia Militar realizou na manhã desta terça-feira, 2 de julho, a prisão de dois homens adultos e a apreensão de dois adolescentes suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por uma série de roubos e furtos na cidade de Serrana, no interior de São Paulo. A ação policial colocou fim a uma onda de crimes que era marcada pela ostentação e pela provocação às autoridades nas plataformas digitais.

Crimes e Provocações nas Redes Sociais

Além de cometer os delitos, o grupo ganhou notoriedade por utilizar as redes sociais para divulgar os produtos roubados, zombar das vítimas e desafiar abertamente a polícia. Em uma das publicações, que se tornou viral, os criminosos exibiram uma motocicleta furtada em uma área de mata. A legenda do vídeo era uma clara provocação: "É, meus amigos, como diz o ditado: quem não arrisca não petisca". Em seguida, direcionavam o desafio às forças de segurança: "Vocês é bom? Vem buscar. Respeita o trem-bala".

Investigação e Prisão em Flagrante

Segundo as investigações, o mesmo grupo é apontado como responsável pela invasão e roubo de uma loja de celulares ocorrida no mês de outubro. As câmeras de segurança do estabelecimento registraram toda a ação criminosa e o desespero dos funcionários durante o assalto.

A partir dessas pistas e do rastro digital deixado nas redes, a PM conseguiu localizar e prender em flagrante os quatro suspeitos. No momento da abordagem, foram recuperados com os indivíduos:

  • A motocicleta que havia sido furtada e exibida no vídeo de desafio.
  • Diversas porções de drogas.
  • Vários aparelhos celulares, sendo que pelo menos um deles foi identificado como produto do roubo à loja ocorrido em outubro.

Andamento do Caso e Próximos Passos

Os dois adultos presos foram encaminhados à delegacia, enquanto os adolescentes foram apreendidos e levados para as medidas socioeducativas cabíveis. A Polícia Civil assumiu o caso e dará continuidade às investigações para apurar a extensão total dos crimes cometidos pela quadrilha e possíveis envolvimentos em outros delitos na região. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pelas autoridades.

O caso evidencia uma tendência preocupante de criminosos utilizarem a internet não apenas para vender produtos ilegais, mas também para inflar seus egos e tentar ridicularizar o trabalho policial, um comportamento que acabou por fornecer pistas cruciais para sua própria captura.