Era para ser mais uma viagem comum pela movimentada Via Dutra, mas o que a Polícia Rodoviária Federal descobriu na tarde desta sexta-feira (4) transformou uma simples blitz em cena de filme policial. O motorista de um Chevrolet Meriva — desses comuns nas estradas — achou que passaria despercebido. Enganou-se feio.
A abordagem de rotina, por volta das 15h30, já começou estranha. O condutor, um homem de 38 anos cujo nome ainda não foi divulgado, parecia nervoso demais. Suas mãos tremiam no volante, os olhos não paravam quietos. Os policiais, com aquele faro que só anos de estrada proporcionam, perceberam que havia algo errado.
Fuga frustrada e descoberta chocante
Quando pediram para revistar o veículo, o sujeito decidiu bancar o herói de Hollywood. Acelerou bruscamente, tentando escapar. Mas a fuga durou menos que round de Mike Tyson nos seus bons tempos — cerca de 1,5 km depois, os agentes já tinham o Meriva encurralado.
E foi ao abrir o porta-malas que a situação ficou realmente séria. Lá estavam eles: 110 tabletes de cocaína, perfeitamente embalados, prontos para alimentar o vício de centenas de pessoas. Uma carga que, segundo os peritos, valia uma pequena fortuna no mercado ilegal.
Parece coisa de filme, mas é a realidade dura das nossas estradas. Enquanto famílias viajam tranquilamente, criminosos transformam vias públicas em rotas do tráfico.
Operação não foi por acaso
A PRF revelou que não se tratou de uma ação aleatória. Há semanas recebiam informações sobre o transporte de drogas nesse trecho da Dutra, próximo a Cachoeira Paulista. Os policiais trabalharam discretamente, montando uma operação que culminou nessa apreensão expressiva.
O que me faz pensar: quantos outros como ele estão por aí, circulando impunes? A pergunta fica no ar, sem resposta fácil.
O preso — que agora responde por tráfico de drogas — foi levado para a delegacia de Guaratinguetá. Lá, a papelada burocrática do crime começou a ser preenchida, enquanto a droga apreendida seguiu para perícia. Tudo muito organizado, muito protocolos — um contraste gritante com o caos que aquelas substâncias causam na sociedade.
E você, leitor, já parou para pensar que pode estar dividindo a estrada com cargas como essa? É de arrepiar.
