Um policial militar do Amazonas e outros dois homens foram presos em flagrante nesta quinta-feira (4) após serem surpreendidos transportando uma mala com R$ 2,5 milhões em dinheiro vivo dentro de um shopping center na Zona Leste de Manaus. A operação, conduzida pela Polícia Federal (PF), investiga o crime de lavagem de capitais.
Operação segue denúncia anônima sobre esquema financeiro
A ação policial teve início após uma denúncia anônima recebida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (FICCO/AM). A informação apontava para a participação de um dos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro. Com base na gravidade do relato, equipes foram deslocadas para o local indicado.
No shopping do bairro São José, os agentes federais confirmaram a presença de três homens que carregavam a quantia milionária dentro de uma mala. A abordagem resultou na prisão em flagrante do trio. Segundo apurações da Rede Amazônica, o grupo havia sacado o dinheiro em uma agência bancária dentro do próprio centro comercial momentos antes da intervenção policial.
Identidade dos presos e vínculo com o governo estadual
Os três homens detidos foram identificados como o cabo da Polícia Militar Rayron Costa Bezerra, lotado na Casa Militar do Governo do Amazonas, Marcos Aurélio Santos da Cruz e Ruan Lima Silva.
A presença do policial militar chamou a atenção dos investigadores. A Casa Militar é um órgão que normalmente exerce funções de segurança institucional ou atua na sede da corporação. A atuação de um de seus integrantes em uma situação como essa foi considerada atípica pelos federais.
Trio responde em liberdade após audiência de custódia
Os três presos foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Manaus, onde o caso foi formalizado. Eles passaram por audiência de custódia e, por decisão da juíza Ana Paula Serizawa Silva Podedworny, vão responder ao processo em liberdade provisória.
A Polícia Federal emitiu nota informando que, diante dos indícios, o caso está sendo tratado como lavagem de capitais. A Rede Amazônica tentou contato com o Governo do Amazonas e com o comando da Polícia Militar para obter um posicionamento, mas não recebeu retorno até a última atualização da reportagem. A defesa dos três envolvidos também não foi localizada.
A operação evidencia o combate da PF a crimes financeiros de grande monta na região Norte e levanta questões sobre a infiltração de agentes públicos em esquemas ilícitos.