Numa daquelas reviravoltas que parecem saídas de um seriado policial, a Polícia Civil de Minas Gerais fechou o cerco – e prendeu três pessoas – por conta de um cultivo, digamos, nada convencional de maconha. A coisa toda aconteceu em Lavras, cidade universitária que agora vira palco de uma investigação que mistura o banal com o elaborado.
Pois é. O inquérito, que acabou de ser concluído, mostrou que os suspeitos não estavam apenas plantando um pés no quintal de qualquer jeito. Tinha coisa mais organizada ali. Estrutura artesanal, iluminação artificial, o pacote completo – mas tudo dentro de casa, longe dos olhos da rua. Um daqueles casos em que a discrição é a alma do negócio, até que… não é mais.
A operação saiu do papel depois de um tempo de investigação – a PC não soltou muitos detalhes, mas deu pra entender que foi uma ação bem planejada, baseada em denúncias e um trabalho de inteligência que rendeu. Os policiais chegaram ao endereço certo e encontraram a plantação indoor montada, com direito a vasos, substratos, lâmpadas e todo aquele aparato que transforma um cômodo comum em estufa improvisada.
Não era pouco, não
E olha, não era um cultivo de amador, não. A quantidade de pés e o estágio de crescimento das plantas impressionaram até os peritos. Dava pra ver que a empreitada tinha ambição – e um propósito claro, que não era apenas ornamental, como você já deve imaginar.
Os três suspeitos, cujos nomes não foram divulgados (afinal, a Justiça ainda vai se pronunciar), foram levados para a delegacia. A acusação é de cultivo ilegal de cannabis, e agora eles respondem ao processo sob a mira da lei. A polícia apreendeu todo o material – plantas, equipamentos, anotações – e agora junta as provas para o Ministério Público seguir com a ação.
O caso chama atenção justamente pelo perfil caseiro, quase DIY, do crime. Em tempos de discussões acaloradas sobre descriminalização e uso medicinal, episódios como esse em Lavras reacendem o debate: de um lado, a repressão tradicional; do outro, quem defende modelos regulados. Mas, pelo menos por ora, a lei é clara – e a PC cumpriu seu papel.
Fica o alerta, ou a curiosidade, dependendo de como você vê a coisa: até onde vai a engenhosidade humana para contornar normas – e até onde chega o braço da investigação policial. Em Lavras, dessa vez, a lei venceu.
