
Nada como começar a semana com uma ação que sacode a estrutura do crime organizado na região. Na última terça-feira, 20, Ipatinga foi palco de uma operação policial que não deixou pedra sobre pedra quando o assunto é receptação de materiais roubados.
Três indivíduos — dois homens e uma mulher — foram presos em flagrante depois que as investigações, que já rolavam há tempos, finalmente se concretizaram. A Polícia Civil, em uma atuação que merece aplausos, fechou dois ferros-velhos suspeitos de servir de fachada para um esquema nada discreto de compra e venda de fios de cobre furtados.
E olha, acreditem: o volume de material apreendido não foi brincadeira. Estamos falando de centenas de quilos de fios que, muito provavelmente, foram cortados de redes de energia ou de telecomunicações, causando prejuízos enormes para a população e para as empresas.
Como tudo aconteceu?
As investigações começaram de forma silenciosa, baseadas em denúncias anônimas — aquelas que a gente sempre torce para que cheguem às autoridades. A partir daí, os policiais mergulharam em um trabalho de inteligência que envolveu quebra de sigilos, acompanhamento de transações e, claro, muita paciência.
Os alvos? Dois estabelecimentos comerciais que, na teoria, funcionavam como pontos de venda de materiais usados. Na prática, porém, eram centros de desmanche de todo tipo de coisa que não deveria estar ali — especialmente o cobre, que vale seu peso em ouro no mercado negro.
E as empresas?
Pois é. A operação também mirava possíveis envolvidos de peso. Dois sócios de uma empresa local — que prefiro não citar para não inflamar ânimos — estão sendo investigados. A suspeita? Que eles não apenas compravam o material furtado, como financiavam e organizavam toda a cadeia do ilícito.
Não é de hoje que esse tipo de crime acontece, né? Todo mundo já viu notícia de bairro inteiro ficar no escuro porque alguém resolveu furtar cabos de energia. O que pouca gente imagina é que por trás disso existe uma rede organizada — e que, muitas vezes, conta com a conivência de quem deveria estar apenas reciclando, e não incentivando o crime.
Os três presos já passaram pela delegacia e agora aguardam a decisão judicial. E não vai ser surpresa se novos nomes forem added à lista em breve. A operação ainda está em andamento, e a polícia adianta que novos mandados podem ser expedidos a qualquer momento.
Enquanto isso, a cidade respira um pouco mais aliviada. Mas fica o alerta: esquemas como esse são como hydras. Corta-se uma cabeça, nascem outras. Torcemos para que a justiça — e a fiscalização — continuem firmes.