
Era pra ser mais uma sexta-feira comum no Jardim Guanabara, bairro tranquilo de Goiânia. Até que um vizinho, ao levar o lixo pra calçada, esbarrou num pacote suspeito — desses que fazem o coração disparar. "Parecia um rolo de cano, mas tinha uns fios esquisitos saindo", contou o comerciante, que preferiu não se identificar. Chamou a polícia na hora.
Quando os peritos chegaram, o clima esquentou. Não era cano, não. Eram explosivos de grande calibre, do tipo que ninguém espera encontrar num bairro residencial. A rua virou um circo de viaturas, e os moradores foram afastados enquanto a equipe do BOE trabalhava.
Operação relâmpago
Às 14h23, o estrago estava feito — no bom sentido. Os especialistas detonaram os artefatos controladamente, usando aqueles cobertores anti-explosão que a gente vê em filme. "Foi rápido, mas parecia eterno", relatou uma dona de casa que viu tudo da janela. A casa tremeu, os vidros vibraram, mas nada quebrou.
- Material: explosivos industriais (TNT?)
- Local: terreno baldio atrás de um mercado
- Como chegou lá? Mistério total
O delegado responsável, em entrevista cheia de "não podemos afirmar" e "investigações em andamento", deixou escapar que o pacote parecia "muito bem preparado". Isso, somado ao local de fácil acesso mas pouco movimentado, acendeu o alerta: será que iam usar aquilo pra alguma coisa?
Depois da bomba
Na rua, o alívio era visível — junto com uma pitada de indignação. "Isso aqui sempre foi tranquilo, agora tô pensando em colocar grade", reclamou um aposentado enquanto a polícia recolhia as fitas de isolamento. A Prefeitura prometeu aumentar a iluminação na região, mas todo mundo sabe que promessa de político depois de susto é igual band-aid em ferida grave: ajuda, mas não resolve.
Enquanto isso, no DIC, os peritos examinam fragmentos do material. Dois detalhes assustam: os explosivos estavam intactos (ou seja, funcionais) e não tinham marcas de fabricação. Coisa de profissional, como diria o Tio do Pavê.