
Era uma manhã como qualquer outra em São José do Rio Preto. O sol já castigava o asfalto quando o advogado Marcos Antônio, de 45 anos, saiu de casa dirigindo seu carro prata. O destino? A padaria da esquina, a poucos quarteirões dali. Mas o que deveria ser uma tarefa banal — comprar pão — transformou-se num mistério que até agora ninguém consegue decifrar.
"Ele saiu por volta das 7h e disse que voltaria em 15 minutos", conta a esposa, ainda com a voz embargada. "Quando percebi que já era meio-dia e ele não atendia o celular, soube que algo estava errado."
O sumiço
O carro do advogado foi encontrado horas depois, abandonado num estacionamento próximo ao Parque da Represa. As portas estavam destrancadas, o celular sobre o banco do passageiro. Nenhum sinal de violência, nenhuma nota de sequestro, nenhuma pista que explicasse o ocorrido.
"É como se ele tivesse evaporado", desabafa um dos investigadores, que prefere não se identificar. "Estamos revirando cada centímetro daquela região, checando câmeras de segurança, ouvindo testemunhas... Até agora, nada."
Teorias e especulações
- Será que ele se envolveu em algum caso polêmico na advocacia?
- Poderia ter sofrido um mal súbito e se perdido?
- Ou, quem sabe, decidiu desaparecer voluntariamente?
A família descarta essa última hipótese. "Marcos era metódico, organizado. Jamais faria isso conosco", garante o irmão mais novo, visivelmente abalado. "Alguém sabe de algo. Alguém viu algo. Por favor, nos ajudem."
Enquanto isso, a Delegacia de Desaparecidos trabalha contra o relógio. A cada hora que passa, as esperanças — assim como as pistas — parecem se esvair como água entre os dedos.