Professor é Preso em Sala de Aula no Paraná: Acusado de Integrar Rede de Tráfico de Drogas
Professor preso em escola por tráfico no PR

A cena parece saída de um daqueles filmes policiais que a gente vê na televisão, mas aconteceu de verdade numa escola municipal de Ponta Grossa. Na última quinta-feira, a rotina de estudantes foi interrompida por uma ação da Polícia Civil que resultou na prisão de um professor de matemática — sim, você leu direito — suspeito de fazer parte de uma organização criminosa.

Imagina só: o cara dava aula de equações e números durante o dia e, segundo as investigações, se envolvia com o tráfico de drogas nos momentos de folga. A operação "Êxodo 2" não veio de brincadeira — apreendeu nada menos que 17 quilos de maconha, 200 gramas de cocaína e uma arma de fogo.

Da Sala de Aula para a Cadeia

O inusitado caso aconteceu na Escola Municipal Professora Therezinha de Godoy Garcez, no Jardim Carvalho. A prisão aconteceu durante o horário de trabalho do docente, causando — é claro — um rebuliço danado entre alunos e funcionários.

O delegado Rafael Bueno, que coordena as investigações, foi direto ao ponto: "Estamos diante de uma situação gravíssima onde um educador, que deveria ser exemplo, supostamente se corrompeu pelo crime". As palavras dele ecoam a decepção de uma comunidade inteira.

Como a Investigação Começou

Tudo começou com aquela velha história: quanto mais alta a escada, mais dura a queda. A Polícia Civil já vinha de olho no tal esquema desde abril, monitorando os passos de suspeitos na região. A quebra de sigilos bancário e telefônico revelou um padrão — transações suspeitas, contatos com pessoas já conhecidas do crime.

E o professor? Bem, ele não era apenas mais um na multidão. As investigações apontam que o homem de 35 anos tinha um papel ativo na comercialização das drogas. Um verdadeiro jogo duplo que durou meses.

O Que Apreenderam na Operação

  • 17 kg de maconha (uma quantidade absurda)
  • 200 g de cocaína
  • 1 arma de fogo calibre 38
  • R$ 1.500 em dinheiro vivo
  • 2 balanças de precisão — aquelas que não servem para pesar farinha
  • 54 munições
  • Vários aparelhos celulares

Não foi pouco, não. A polícia acredita que o grupo atuava em Ponta Grossa e mais quatro cidades da região. Uma rede bem estruturada, pra dizer o mínimo.

E Agora, José?

O professor responde por associação ao tráfico — crime que não é brincadeira no Brasil. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Educação já se manifestou, afirmando que o caso será apurado internamente também. "Tomaremos as medidas cabíveis após conclusão do processo judicial", disseram.

O que fica é aquela pergunta que não quer calar: até quando a sociedade vai conviver com histórias assim? Um educador — figura que deveria inspirar — trocando o giz pelas drogas. Uma tristeza sem tamanho.

Enquanto isso, nas salas de aula de Ponta Grossa, os alunos tentam digerir o ocorrido. Afinal, como explicar que quem ensinava matemática agora responde na justiça? Difícil mesmo.