Adolescente de 13 anos baleada em Curitiba após confusão por camisa de futebol
Adolescente baleada após briga por futebol em Curitiba

A Polícia Civil do Paraná cumpriu, na sexta-feira (5), um mandado de prisão preventiva contra um homem de 44 anos, suspeito de efetuar disparos de arma de fogo em uma praça do bairro Portão, em Curitiba. O crime, registrado no final de novembro, deixou duas vítimas: uma adolescente de 13 anos e um jovem de 19 anos.

Detalhes do crime e a briga por futebol

O episódio violento teve origem em uma discussão futebolística. Conforme relatos de testemunhas colhidos pela polícia, três ex-alunos de um colégio da região teriam insultado o suspeito por ele estar usando uma blusa da torcida Império Alviverde, do Coritiba. Durante a confusão, o homem de 44 anos teria anunciado que iria buscar uma arma e saiu do local.

Pouco tempo depois, ele retornou ao local já armado e começou a atirar contra o grupo, que tentou fugir. As câmeras de segurança do entorno registraram o momento dos disparos.

Vítimas inocentes e os ferimentos

A adolescente de 13 anos não tinha qualquer envolvimento com a discussão. Ela simplesmente estava parada em frente à escola onde estuda, no momento em que saía das aulas, e foi atingida por uma bala perdida na perna.

A jovem foi socorrida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e levada para o Hospital do Trabalhador. Seu estado exigiu cuidados intensivos: ela passou por duas cirurgias e recebeu alta apenas na sexta-feira (28). No entanto, ainda não recuperou a capacidade de andar e deverá passar por um longo processo de fisioterapia.

O outro atingido, um jovem de 19 anos, estava na tentativa de fugir do atirador quando foi baleado. Ele levou dois tiros, atingido nas costas e nas pernas. Também socorrido, foi encaminhado para atendimento hospitalar.

Prisão, arma e a versão da defesa

O suspeito foi localizado e preso pela polícia no bairro Bigorrilho. Durante a ação, ele indicou onde estava a arma utilizada no crime, que foi apreendida pelos agentes. A polícia constatou que a arma não possuía registro. O homem, que não tinha passagens anteriores pela polícia, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento na delegacia.

Ele será processado por duas tentativas de homicídio. Por meio de nota, a defesa do suspeito apresentou uma versão diferente dos fatos. Alegou que ele já estava a caminho da delegacia quando a prisão foi cumprida, que foi perseguido e atacado pelos três indivíduos e que reagiu para se defender. O advogado também lamentou, em nota, a lesão sofrida pela estudante.

O caso, que chocou a comunidade do bairro Portão por ocorrer a poucos metros de uma instituição de ensino, segue sob investigação das autoridades.