Servidor público preso por abusos sexuais em duas cidades do Grande Recife
Servidor público preso por abusos sexuais no Recife

Um servidor público de 49 anos foi preso na última quarta-feira (17) suspeito de cometer abusos sexuais contra crianças e adolescentes em duas cidades da Região Metropolitana do Recife. A prisão ocorreu após investigações do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Detalhes da Operação Estopim

A ação policial, batizada de Operação Estopim, foi realizada com mandados de prisão e busca e apreensão. Participaram do trabalho o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil e a Polícia Militar.

O alvo foi identificado como Carlos André Lourenço de Aquino, que trabalhava como assistente administrativo na Secretaria de Educação de São Lourenço da Mata. As investigações apontam que os crimes ocorreram nesse município e também na cidade vizinha de Camaragibe.

Intimidação e vínculos criminosos

De acordo com as denúncias do MPPE, o servidor utilizava sua posição e suposta influência para intimidar tanto as vítimas quanto seus familiares. Relatos indicam que ele era temido na região devido a alegadas vinculações com grupos de criminalidade.

Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, dispositivos eletrônicos e documentos. Esses itens serão periciados para buscar provas dos crimes. Entre os papéis apreendidos, há indícios de que o acusado possa ter usado a estrutura da prefeitura ou sua influência para tentar acobertar os delitos.

Demissão e processo judicial

A prefeitura de São Lourenço da Mata informou que demitiu o servidor imediatamente após tomar conhecimento da prisão e das denúncias. A gestão municipal afirmou que não compactua com tais atos.

O Ministério Público já ofereceu duas denúncias criminais contra Carlos André, dando início ao processo judicial. Após ser conduzido à delegacia, ele foi recolhido ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

A investigação continua com a análise do material apreendido, e novas informações podem surgir. O caso chama a atenção para a gravidade dos crimes contra crianças e adolescentes e para a atuação de redes de apoio às vítimas na região.