Enquanto o crime organizado avança por praticamente todo o território nacional, o Rio Grande do Sul mantém uma peculiaridade que chama a atenção de especialistas em segurança pública: é um dos poucos estados brasileiros onde o Comando Vermelho não conseguiu estabelecer bases sólidas de atuação.
Geografia como barreira natural
A localização estratégica do estado desempenha um papel crucial nessa resistência. Distanciado dos grandes centros urbanos do Sudeste e com fronteiras internacionais características, o RS apresenta desafios logísticos significativos para a expansão da facção.
O domínio das organizações locais
Outro fator determinante é a forte presença de facções regionais que já consolidaram seu controle sobre determinadas áreas. Esses grupos locais criam uma barreira de entrada eficiente contra organizações externas, mantendo o Comando Vermelho afastado do território gaúcho.
Especialistas analisam o fenômeno
Segundo análises de intelligence, a estrutura criminal já estabelecida no estado funciona como um mecanismo de proteção contra invasões de outras organizações. Essa dinâmica peculiar do crime organizado no RS tem sido objeto de estudo constante por parte das forças de segurança.
Panorama nacional preocupante
Enquanto isso, em outros estados brasileiros, a situação é bastante diferente. O Comando Vermelho mantém operações consolidadas em unidades prisionais e comunidades de pelo menos 16 estados, com presença especialmente forte no Norte e Nordeste do país.
A capacidade de expansão da facção preocupa autoridades, que monitoram constantemente possíveis tentativas de avanço sobre os poucos territórios que ainda resistem à sua influência, incluindo o Rio Grande do Sul.
