Operação desmonta quadrilha que furtava concessionárias e revendia carros de luxo no Ceará
Quadrilha roubava carros de luxo em concessionárias do CE

Uma operação de combate ao crime organizado foi deflagrada nesta quarta-feira (30) no Ceará, visando desarticular uma quadrilha especializada em furtar veículos de luxo de concessionárias em Fortaleza. De acordo com as investigações, o grupo é responsável pelo roubo de mais de 10 carros de alto padrão.

Modus operandi sofisticado

Os investigados atuavam com planejamento meticuloso, escolhendo modelos específicos de veículos que possuíam maior valor no mercado ilegal. A quadrilha utilizava chaves mestras e equipamentos de reprogramação para burlar os sistemas de segurança das concessionárias, conseguindo levar os automóveis sem acionar alarmes.

Rede criminosa estruturada

As investigações revelaram que a organização funcionava como uma empresa criminosa bem estruturada:

  • Especialistas em eletrônica responsáveis pela clonagem de chaves
  • Motoristas profissionais para a retirada dos veículos
  • Documentadores que adulteravam a numeração dos carros
  • Vendedores que negociavam os veículos em outros estados

Operação tapa-buracos

A ação policial, batizada de "Operação Tapa-Buracos", cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Entre os materiais apreendidos estão:

  1. Equipamentos de clonagem de chaves
  2. Documentos falsos
  3. Computadores com dados da organização
  4. Telefones celulares utilizados nas negociações

"Estamos diante de uma organização criminosa altamente especializada que causou prejuízos milionários ao comércio de veículos na região", afirmou o delegado responsável pelas investigações.

Prejuízos e investigações

As concessionárias vítimas dos roubos estimam prejuízos superiores a R$ 2 milhões somente em veículos, sem contar os danos morais e a quebra de confiança no setor automotivo. A Polícia Civil continua as investigações para identificar possíveis cumplices dentro das concessionárias que possam ter facilitado os crimes.

Os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha e falsificação de documentos, podendo receber penas que variam de 4 a 15 anos de prisão.