Grupo criminoso usava aplicativos de relacionamento para aplicar golpes
A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu nesta terça-feira (11) um homem de 41 anos suspeito de integrar uma organização criminosa que utilizava travestis para torturar e extorquir vítimas através de aplicativos de relacionamento. A prisão ocorreu no bairro Jardim Camburi, em Vitória, após investigações sobre um crime ocorrido em fevereiro deste ano.
Modus operandi do grupo
De acordo com as investigações, a vítima marcou um encontro através de um aplicativo de relacionamento com quem acreditava ser uma mulher. Ao chegar no local combinado, percebeu que se tratava de uma travesti e tentou desistir do encontro. Foi nesse momento que as ameaças começaram.
O homem foi obrigado a pagar um valor mais alto pelo programa e, quando já se encontrava em situação vulnerável, outra travesti entrou no quarto para intensificar as ameaças físicas e psicológicas. A vítima foi mantida trancada no local e coagida a realizar múltiplas transferências bancárias para contas de terceiros.
Somente após concluir todos os pagamentos solicitados a vítima foi liberada pelos criminosos. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada Antissequestro (DAS), que identificou a participação do homem preso na operação financeira do grupo.
Papel do suspeito na organização criminosa
O homem de 41 anos preso nesta terça-feira era apontado pelas investigações como o responsável por receber o dinheiro extorquido das vítimas e repassar os valores aos outros integrantes do esquema. Segundo a Polícia Civil, ele ficava com parte do lucro obtido através das atividades criminosas.
A prisão foi realizada através de mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal de Vitória. Após a captura no Jardim Camburi, o suspeito foi levado para a Delegacia Regional e, depois de cumprir todos os procedimentos policiais de praxe, foi encaminhado ao sistema prisional.
Atualmente, o homem permanece à disposição da Justiça capixaba enquanto as investigações continuam para identificar e prender outros possíveis integrantes do mesmo grupo criminoso.