
Não foi um dia qualquer para um grupo de empresários em São José do Rio Preto. Longe disso. Na terça-feira, 19 de agosto, a Polícia Civil botou a mão na massa — e as algemas nos pulsos — de quatro suspeitos de comandar uma rede nada discreta de venda de cigarros eletrônicos. A operação, batizada de 'Vape Ilícito', sacudiu o comércio local.
Imagine só: mais de cinco mil dispositivos apreendidos, sem contar os acessórios e um dinheiro vivo que beirava os cem mil reais. Tudo confiscado. Um verdadeiro balde de água fria para quem achou que poderia burlar a lei tranquilamente.
O cerco se fecha
A investigação, sabe como é? Ela não começou ontem. Rolava há meses, discretamente, com os policiais colhendo provas e mapeando cada movimento da quadrilha. Os caras agiam como se estivessem num faroeste — vendendo à vontade, sem qualquer preocupação com a vigilância sanitária ou com a própria população, que consome esses produtos sem saber dos riscos.
E os riscos são reais, viu? A Anvisa não regulamenta a comercialização desses vaporizadores. Isso significa que ninguém faz ideia do que está inalando — que mistura química, que nível de nicotina, que substância perigosa pode estar entrando no pulmão das pessoas.
Os detalhes da operação
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. A polícia adentrou estabelecimentos comerciais e residências, e o que encontrou não foi pouco:
- 5.200 unidades de cigarros eletrônicos de diversos modelos
- Centenas de refis e essências — sabores duvidosos, diga-se
- R$ 97.500 em espécie, dinheiro que não foi declarado nem explicado
Quatro pessoas foram detidas. Todas responderão por crimes contra as relações de consumo e formação de quadrilha. Se a justiça considerar as provas robustas — e tudo indica que sim —, a pena pode ser pesada.
O delegado responsável, Emerson Merizio, não escondeu a satisfação. Em entrevista, foi direto: "Esse tipo de ação não é apenas repressiva; é de saúde pública". E faz sentido. Afinal, não se brinca com o bem-estar alheio em nome do lucro.
E agora, o que esperar?
Os investigados foram levados para o Centro de Detenção Provisória. O valor dos produtos apreendidos? Algo em torno de R$ 400 mil. Quatrocentos mil reais em produtos proibidos. É dinheiro que não circula mais ilegalmente, graças ao trabalho da polícia.
O pior de tudo? Muitos desses dispositivos são claramente voltados para o público jovem — com sabores doces, designs atraentes. Uma armadilha perigosa disfarçada de modernidade.
O caso segue sob investigação. Novos desdobramentos não estão descartados. Afinal, uma rede desse tamanho não opera sozinha — e a polícia suspeita que os tentáculos desse polvo ilegal possam chegar a outras cidades da região.
Fica o alerta para outros que pensam em seguir o mesmo caminho: a lei está de olho. E, pelo visto, agindo rápido.