
Nada como um bom café da manhã para começar o dia... a não ser que você seja um bandido acordado pela Polícia Civil de São Paulo batendo na sua porta. Foi mais ou menos assim que a terça-feira (12) começou para os integrantes de uma quadrilha especializada em roubar condomínios de luxo na região metropolitana.
A operação — batizada ironicamente de "Visita Indesejada" — teve como alvo um grupo que, segundo as investigações, agia como verdadeiros "formigas urbanas". Invadiam as propriedades com uma precisão quase militar, levando desde joias até eletrônicos de última geração.
Modus operandi que daria roteiro de filme
Os investigadores descobriram que os criminosos não eram amadores. Eles:
- Faziam reconhecimento prévio das vítimas (sim, aquela velha história de "não poste sua vida nas redes sociais")
- Agiam principalmente nos fins de semana, quando os moradores viajavam
- Usavam equipamentos de comunicação sofisticados — nada de walkie-talkie de loja de brinquedo
"Era um esquema bem montado, quase uma franquia do crime", brincou (sem graça) um dos delegados envolvidos. A quadrilha teria roubado o equivalente a R$ 2 milhões em apenas seis meses.
Operação foi resultado de meses de trabalho
Não foi do dia para noite que a polícia conseguiu chegar até os suspeitos. O trabalho começou ainda no primeiro trimestre deste ano, quando uma série de roubos com características similares chamou a atenção dos investigadores.
O que mais impressionou? A capacidade dos criminosos de burlar sistemas de segurança que custam mais que o salário anual de um policial. Câmeras? Desativadas. Alarmes? Cortados. Cachorros? Sedados (sim, eles levavam até veterinário para o serviço).
Até o momento, cinco pessoas já foram presas — e os policiais garantem que a festa ainda não acabou. "Temos outros nomes na mira", adiantou um dos responsáveis pela operação, enquanto conferia a lista de mandados que ainda precisavam ser cumpridos.
Para os moradores da região, a notícia foi recebida com alívio — e um certo pé atrás. "Melhor não soltar fogos ainda", comentou um síndico que preferiu não se identificar. "Essa gente tem o costume de voltar."