Operação em Brusque apreende whisky falsificado vendido pela internet
Polícia desmonta esquema de falsificação de bebidas em SC

Uma operação conjunta desbaratou, nesta quarta-feira (3), um esquema de produção e venda de bebidas alcoólicas falsificadas pela internet na cidade de Brusque, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. A ação resultou na apreensão de produtos adulterados e na prisão de um suspeito.

Detalhes da Operação Contra Falsificação

A Polícia Civil, em coordenação com o Procon-SC e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrape), cumpriu três mandados de busca e apreensão. Os alvos foram apartamentos e um estabelecimento comercial ligados ao suspeito. Em um dos locais, os agentes encontraram bebidas com fortes indícios de falsificação.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso focava na distribuição de garrafas de whisky que imitavam uma marca legítima, mas eram produzidas sem qualquer autorização. "O esquema utilizava plataformas digitais para alcançar consumidores em diferentes regiões do país", explicou a Polícia Civil, que optou por não divulgar a identidade do homem preso.

Riscos Graves à Saúde e Penas Severas

A falsificação de bebidas é um crime de múltiplas facetas. Conforme detalhado pela autoridade policial, ela envolve delitos contra a propriedade imaterial, contra as relações de consumo e a falsificação de produtos alimentícios. As penas, em caso de condenação, podem variar de quatro a oito anos de prisão, além do pagamento de multa.

O alerta principal, no entanto, é para o perigo à saúde pública. "Bebidas falsificadas representam grave ameaça à saúde dos consumidores", afirmou a polícia. Esses produtos burlam os controles de qualidade e a fiscalização sanitária, podendo conter substâncias tóxicas, concentrações inadequadas de álcool, contaminantes químicos e outros compostos nocivos, com potencial de causar danos irreversíveis ao organismo.

Como se Proteger e Identificar Bebidas Falsas

Os falsificadores costumam mirar em destilados premium de maior valor, como whisky, vodka, gin e cachaças. A tática comum é a reutilização de garrafas e selos originais, que recebem um líquido adulterado no lugar do produto genuíno.

Para evitar cair nesse golpe e proteger sua saúde, especialistas e autoridades recomendam:

  • Exija sempre a nota fiscal: o documento comprova que a bebida veio de um fornecedor legalizado.
  • Desconfie de preços excessivamente baixos: promoções muito fora do padrão de mercado são um sinal de alerta.
  • Compre em locais de confiança: priorize supermercados, distribuidores autorizados, bares e restaurantes reconhecidos.
  • Observe atentamente a embalagem: lacres violados, rótulos mal colados ou com informações borradas podem indicar falsificação.
  • Descarte as garrafas corretamente: ao jogá-las fora, quebre-as e destrua os rótulos para evitar o reaproveitamento por criminosos.

Em caso de qualquer suspeita, não consuma a bebida e denuncie imediatamente às autoridades. Se você já consumiu um produto suspeito e apresenta sintomas intensos como falta de coordenação, dor abdominal, náuseas, vômitos, fortes dores de cabeça, visão turva, taquicardia ou convulsões, procure atendimento médico de emergência sem demora.