Uma operação da Polícia Federal em Goiás expôs uma rede criminosa que tinha como protagonistas justamente aqueles que deveriam combatê-la: policiais militares. A Operação Hermes, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5), revelou um esquema sofisticado de contrabando e lavagem de dinheiro que movimentou milhões de reais.
Os crimes investigados
De acordo com as investigações, os PMs goianos são suspeitos de praticar uma série de crimes graves:
- Contrabando: Facilitação do transporte ilegal de mercadorias
- Lavagem de dinheiro: Ocultação da origem ilícita dos recursos
- Organização criminosa: Atuação em grupo para prática de delitos
- Corrupção ativa e passiva: Recebimento de vantagens indevidas
Como funcionava o esquema
Os policiais militares investigados supostamente utilizavam sua posição estratégica para garantir a segurança do transporte de produtos contrabandeados. A autoridade do uniforme e o conhecimento das rotas de fiscalização teriam sido instrumentos fundamentais para o sucesso da operação criminosa.
O dinheiro proveniente das atividades ilícitas era posteriormente lavado através de empresas de fachada e investimentos em bens de luxo, segundo as investigações da PF.
Operação em andamento
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados em Goiás. As diligências têm como objetivo coletar provas documentais e digitais que comprovem a participação dos PMs no esquema criminoso.
As investigações começaram há meses e envolveram análise de transações financeiras, interceptações telefônicas e acompanhamento das movimentações dos suspeitos.
Este caso levanta sérias questões sobre a infiltração do crime organizado nas instituições policiais e representa mais um capítulo no combate à corrupção em Goiás.