Era para ser mais uma noite comum no Jardim Ipiranga, em Sorocaba, mas o que os policiais militares encontraram durante o patrulhamento de rotina foi qualquer coisa menos normal. Acontece que uma denúncia anônima — essas que a gente nunca sabe de onde vêm, mas que muitas vezes revelam coisas impressionantes — levou os PMs até um galpão discreto que escondia uma operação ilegal funcionando a pleno vapor.
Três homens, com idades entre 20 e 40 anos, foram pegos literalmente com a mão na massa. Ou melhor, nas ferramentas. Eles estavam no meio do processo de desmontagem de um Honda Fit que, pasmem, havia sido roubado poucas horas antes na região central da cidade. O carro já estava meio desmanchado quando a polícia chegou — situação típica de quem não perde tempo quando decide cometer um crime.
Operação surpresa pega criminosos desprevenidos
O que mais chama atenção nesse caso é a cara de pau dos envolvidos. Montaram uma oficina completa, com direito a macaco hidráulico, chaves de roda e diversas outras ferramentas especializadas — tudo para desmontar veículos roubados e vender as peças no mercado paralelo. Uma operação que, se não fosse a intervenção da PM, provavelmente continuaria funcionando tranquilamente.
Os policiais relataram que os suspeitos nem perceberam a aproximação. Estavam tão concentrados no trabalho ilegal que só notaram a presença da polícia quando já era tarde demais. Imagino a cena: um momento estão desmontando um carro roubado, no seguinte se veem cercados pela polícia. Fim de festa.
Mecanismo do crime foi desmontado pela polícia
O mais curioso — se é que podemos usar essa palavra para algo tão sério — é que esse tipo de crime costuma ser bastante organizado. Os carros roubados são rapidamente levados para locais como esse desmanche clandestino, onde são desmontados em questão de horas. As peças depois são vendidas separadamente, dificultando o rastreamento e tornando quase impossível recuperar o veículo original.
Os três homens presos agora respondem por receptação qualificada e associação criminosa. E olha, a receptação qualificada não é brincadeira — pode render até 8 anos de prisão, mais o tempo pela associação criminosa. Uma conta que, convenhamos, não vale a pena pagar.
A Polícia Civil assumiu o caso e deve investigar se esse mesmo grupo estava por trás de outros roubos de veículos na região. Afinal, raramente esse tipo de operação ilegal funciona com apenas um carro. É provável que existam outros casos relacionados.
Enquanto isso, o Honda Fit apreendido foi levado para o pátio do Departamento de Delegacias Policiais, aguardando perícia e eventual devolução ao legítimo proprietário. Que, diga-se de passagem, deve ter ficado aliviado ao saber que seu carro foi recuperado — mesmo que meio desmontado.
