Operação Mira: PF desmonta esquema bilionário de lavagem de dinheiro ligado aos maiores traficantes do Brasil
PF desmonta lavagem de R$ 1 bi de traficantes

A Polícia Federal desferiu um duro golpe no crime organizado brasileiro nesta quarta-feira (30) com a Operação Mira, que desmantelou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que movimentou aproximadamente R$ 1 bilhão para dois dos maiores traficantes do país.

Alvos de alto escalão do tráfico

As investigações revelaram que o esquema beneficiava diretamente Gustavo Lima da Silva, o "GG", e Sebastião Antônio de Lima, o "Sabiá", considerados entre os principais líderes do tráfico nacional. Ambos respondem a múltiplos processos por tráfico internacional de drogas e associação criminosa.

De acordo com as autoridades, o grupo criminoso atuava com "extrema sofisticação" para ocultar a origem ilícita dos recursos provenientes do narcotráfico.

Modus operandi do esquema bilionário

O esquema utilizava uma complexa rede de empresas de fachada para dar aparência legal ao dinheiro sujo. Entre os métodos identificados estão:

  • Constituição de empresas fantasmas em nome de "laranjas"
  • Movimentações financeiras internacionais
  • Compra e venda de imóveis de alto valor
  • Aquisição de veículos de luxo e bens de alto valor
  • Operações com criptomoedas para dificultar o rastreamento

Abragência nacional da operação

As investigações se estenderam por quatro estados brasileiros, com cumprimento de mandados em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. A força-tarefa contou com a colaboração do Ministério Público Federal e da Receita Federal.

"Estamos diante de uma das maiores operações contra a lavagem de dinheiro dos últimos anos", afirmou um dos delegados responsáveis pela investigação.

Impacto no crime organizado

A desarticulação deste esquema representa um significativo impacto financeiro para as organizações criminosas envolvidas. Sem a capacidade de lavar seus lucros, os traficantes perdem a possibilidade de reinvestir em novas operações ilícitas e manter sua estrutura de poder.

As investigações continuam em andamento, e novas fases da operação podem ser deflagradas nos próximos dias conforme novas evidências forem coletadas.