Operação da PF desmonta esquema milionário de desvio de cafeína em SP e RJ — veja detalhes
PF desmonta esquema de desvio de cafeína em SP e RJ

Era mais uma manhã cinzenta no litoral paulista quando os agentes da Polícia Federal botaram o pé na porta. Nem os traficantes — que pensavam estar protegidos pela burocracia — esperavam por aquilo. Café da manhã interrompido, literalmente.

Dois homens foram agarrados no flagra, com as mãos na massa (ou melhor, nos sacos de pó branco). Só que não era cocaína. Era cafeína — e muita. Quase 3 toneladas do estimulante, avaliadas em R$ 3,5 milhões no mercado ilegal.

O esquema que virou pó

Funcionava assim, segundo os investigadores:

  • Compravam cafeína de fornecedores legais (sim, isso existe)
  • Adulteravam o produto — misturavam com Deus sabe o quê
  • Empacotavam como se fosse legítimo
  • Revendiam para indústrias farmacêuticas e de suplementos

"Tinha cara de coisa séria, mas era puro golpe", contou um delegado que pediu pra não ser identificado. "Os caras até tinham nota fiscal, mas era tudo armação."

Onde a casa caiu

A operação Black Coffee (sim, a PF tem senso de humor) aconteceu em:

  1. São Vicente (SP)
  2. Rio de Janeiro (capital)

Nos locais, encontraram:

  • 2.850 kg de cafeína
  • Equipamentos de manipulação
  • Documentação falsa
  • Dinheiro em espécie (ainda não contabilizado)

Os investigados agora respondem por:

  • Associação criminosa
  • Falsificação de documentos
  • Crimes contra a saúde pública

E olha que ironia: a cafeína em si não é ilegal. O problema foi a adulteração e o desvio de finalidade. "Isso aqui não é cafézinho de padaria", brincou um agente. "É negócio sério, com gente ficando rica às custas da saúde dos outros."

Pra quem tá se perguntando: não, a PF não apreendeu nenhuma xícara de expresso. Mas garantiu que muita gente vai ficar sem o "estimulante" preferido por um bom tempo.