
Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Federal (PF) colocou os pés no acelerador e desbaratou um esquema que faria até os traficantes mais experientes coçarem a cabeça. O alvo? Uma rede que desviava cafeína — sim, aquela mesma do seu café matinal — para alimentar o tráfico de drogas em São José dos Campos, no interior paulista.
Parece piada, mas não é. A substância, amplamente usada em medicamentos e produtos alimentícios, estava sendo desviada de forma tão criativa que até os agentes se surpreenderam. "A gente pensa que já viu de tudo, mas esses caras reinventam a roda", comentou um delegado que preferiu não se identificar.
Como funcionava o esquema?
Os investigadores descobriram que a cafeína era repassada para laboratórios clandestinos — aqueles que ninguém quer por perto — onde servia como ingrediente chave na produção de drogas sintéticas. O negócio era tão organizado que tinha até "controle de qualidade", se é que podemos chamar assim.
- Matéria-prima desviada de fornecedores legítimos
- Rede de distribuição que abrangia vários estados
- Laboratórios equipados para produção em larga escala
E o pior? A operação revelou que o esquema já durava meses, com volumes impressionantes. Calcula-se que toneladas da substância tenham sido desviadas — o suficiente para deixar uma cidade inteira sem dormir, literalmente.
Impacto no tráfico
Especialistas em combate às drogas explicam que a cafeína é usada como "corte" em várias substâncias ilícitas. "Ela aumenta o volume e potencializa o efeito, o que significa mais lucro para os traficantes", alerta um agente da PF. Basicamente, é como se estivessem adulterando o produto para vender mais por menos.
A operação, que teve apoio de outros órgãos, resultou em:
- Diversos mandados de busca e apreensão cumpridos
- Equipamentos de laboratório apreendidos
- Suspeitos identificados e investigados
E agora? A PF garante que as investigações continuam — afinal, essa pode ser só a ponta do iceberg. Enquanto isso, em São José dos Campos, a população respira aliviada, mas fica o alerta: o crime se reinventa quando menos se espera.