Megaoperação Revela: Postos de Combustível em Ribeirão Preto e Franca Tinham Sócios do PCC
PCC usava postos de combustível para lavar dinheiro

Parece coisa de filme, mas é a pura realidade. Nesta segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo botou pra quebrar numa megaoperação que expôs até onde chegou a tentáculos do PCC no interior paulista. E adivinha só? Os caras estavam metidos até o pescoço no negócio de combustíveis.

Eu não tô brincando não. A coisa é séria e envolve nada menos que 26 mandados de busca e apreensão espalhados por Ribeirão Preto, Franca e até na capital. A operação Hydra - nome mais que apropriado, diga-se de passagem - mira diretamente em esquemas de lavagem de dinheiro que, pasmem, usavam postos de gasolina como fachada.

Os endereços que viraram alvo

Em Ribeirão Preto, a coisa pegou em dois endereços específicos. Um posto na Avenida Presidente Vargas, número 1910, e outro na Rua São Sebastião, 2645. Já em Franca, a batida foi num estabelecimento da Avenida Champagnat, 5950.

E olha que curioso: segundo as investigações, esses postos tinham como sócios justamente pessoas que são alvos constantes de operações contra a facção. Coincidência? A polícia acha que não.

Como o esquemo funcionava

O mecanismo era engenhoso, pra dizer o mínimo. Os investigadores descobriram que o dinheiro sujo - fruto de atividades ilícitas, claro - era injetado nos postos como se fosse capital de giro ou investimento legítimo. Daí, quando saía limpinho das bombas de combustível, já podia circular sem levantar suspeitas.

É aquela velha história: o crime se alimenta da aparência de normalidade. Quem diria que ao abastecer o carro poderia estar, sem saber, ajudando a lavar dinheiro de facção?

Mas a polícia não dormiu no ponto. Foram meses de investigação minuciosa, rastreando transações, levantando quebra-cabeças financeiros e conectando os pontos que ninguém queria que fossem conectados.

O que a operação revelou

  • Esquema sofisticado de lavagem através do comércio de combustíveis
  • Integrantes do PCC atuando como sócios ocultos dos postos
  • Dinheiro do crime sendo "limpo" através das operações aparentemente legítimas
  • Rede que se estendia por pelo menos três cidades paulistas

A situação é preocupante, pra não dizer outra coisa. Mostra como o crime organizado se infiltrou em setores básicos da economia - e como precisamos ficar de olho aberto.

Enquanto isso, a operação Hydra segue seu curso. Resta saber quantos outros negócios "legítimos" por aí estão servindo de fachada para atividades bem menos nobres. O recado que fica é claro: a lei está de olho, e ninguém tá acima dela.