Ficco prende 11 suspeitos de tráfico de drogas no Centro de Boa Vista
Operação prende 11 por tráfico de drogas em Boa Vista

Uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) resultou na prisão de 11 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas na região central de Boa Vista, capital de Roraima. A ação foi realizada na tarde da última segunda-feira, dia 15 de abril, e marcou um novo capítulo no combate ao comércio ilegal de entorpecentes na área.

Pontos de viga monitorados levam a prisões

As diligências policiais se concentraram em dois pontos específicos e de grande movimento: a região do Terminal Urbano e do Mirante do Rio Branco. Esses locais vinham sendo alvo de monitoramento constante após o recebimento de diversas informações sobre a retomada da venda de drogas. Durante a operação, os agentes não apenas efetuaram as prisões em flagrante, mas também lavraram Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) contra usuários que foram flagrados adquirindo crack nos pontos monitorados.

Todas as substâncias apreendidas no decorrer da ação foram encaminhadas para perícia, que confirmou tratar-se de entorpecentes de uso proibido. Os 11 detidos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça para as devidas providências legais.

Impacto social e estrutura do grupo criminoso

A investigação que antecedeu a operação revelou que a atividade criminosa ia além do simples comércio de drogas, fomentando uma série de graves problemas sociais na região. De acordo com as apurações da Ficco, o tráfico estava diretamente ligado ao aumento de casos de prostituição, concentração de dependentes químicos em situação de rua, e à ocorrência de furtos, roubos e episódios de violência.

Um aspecto que chamou a atenção dos investigadores foi o consumo de drogas em plena via pública, inclusive em áreas próximas a escolas, o que afetava a circulação e a segurança de famílias, trabalhadores e estudantes. A dinâmica observada foi comparada à de grandes "cracolândias" existentes em outras metrópoles brasileiras.

Organização e métodos para burlar a polícia

A apuração identificou que os suspeitos atuavam de forma coordenada, configurando uma associação criminosa com divisão clara de funções. O grupo contava com vendedores, olheiros para alertar sobre a aproximação policial, arrecadadores de dinheiro e pessoas responsáveis pelo reabastecimento dos estoques de drogas.

Para dificultar a ação das autoridades, a organização utilizava códigos de alerta e realizava a venda das substâncias ilícitas à luz do dia, aproveitando justamente os locais de grande aglomeração de pessoas para se misturar à multidão e tentar passar despercebida.

A operação desta segunda-feira reforça o trabalho contínuo da Ficco no estado de Roraima no enfrentamento ao crime organizado, buscando desarticular redes que exploram o tráfico de drogas e seus efeitos devastadores sobre o tecido social das comunidades.