
Os estados do Piauí e Maranhão viraram palco de uma operação que deixou muita gente de cabelo em pé. Nem só de belas praias vivem esses cantos do Nordeste — desta vez, a cena foi de viaturas, mandados de busca e, pasmem, carros que custam mais que um apartamento.
Pois é. A Polícia Civil, junto ao Ministério Público, botou a mão na massa (e nos volantes de luxo) numa ação que mirava, vejam só, advogados. Sim, aqueles mesmos que deveriam zelar pela lei. A ironia não passou despercebida.
O que rolou de fato?
Segundo fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar, claro —, a operação desmontou um esquema que misturava documentos adulterados, transações suspeitas e, adivinhem? Muita grana circulando por baixo dos panos. Detalhe: pelo menos cinco veículos top de linha foram apreendidos só na primeira fase.
- Um BMW X6 novinho, zero bala
- Dois Mercedes-Benz — um deles com menos de 3 mil km rodados
- Uma Land Rover que chamou atenção pelo vidro fumê excessivamente escuro
- E, pra completar, uma Porsche Cayenne que nem cheirou a concessionária
Não bastasse o luxo sobre rodas, os investigadores encontraram algo ainda mais valioso: um verdadeiro arsenal de documentos que, segundo eles, contam uma história bem diferente daquela que consta nos autos. E olha que eles mal começaram a vasculhar.
Advogados no centro do furacão
Aqui é onde a coisa fica realmente interessante — e polêmica. Dos oito alvos da operação, três são profissionais de Direito com escritórios consolidados. Um deles, pasmem, já defendeu figuras conhecidas do crime organizado na região. Coincidência? A Justiça parece achar que não.
"Quando quem deveria zelar pela lei se torna parte do problema, a sociedade paga o preço", soltou um delegado envolvido, sem esconder a frustração. E não é pra menos.
Os investigadores trabalham com a hipótese de que alguns processos judiciais — incluindo alguns de grande repercussão — teriam sido "facilitados" mediante transações nada ortodoxas. O modus operandi? Aparentemente, uma combinação perigosa de influência, documentos falsificados e muito, mas muito dinheiro em jogo.
Enquanto isso, nos corredores do fórum, o burburinho é grande. Alguns colegas de profissão dos investigados defendem que tudo não passa de um mal-entendido. Outros, mais discretos, apenas torcem para que a poeira não suba demais — sabe como é, né? Quando um cai, vários podem tombar junto.
O caso promete dar ainda mais o que falar. Afinal, quando carros de luxo e togados se misturam numa investigação, a história raramente termina bem. Fiquemos de olho.