Operação na UFU: Esquema de Drogas Usava Até Códigos em Livros Didáticos
Operação na UFU desmonta esquema de drogas sofisticado

Parece coisa de roteiro de cinema, mas foi descoberto no coração acadêmico de Uberlândia. Uma investigação que começou discretamente revelou um esquema de distribuição de drogas tão elaborado que até eu, com anos cobrindo casos policiais, fiquei impressionado com os detalhes.

A tal "Operação Rota Universitária" — nome que soa quase poético para algo tão sombrio — mostrou que os traficantes tinham montado uma operação digna de agência de inteligência. E pensar que tudo acontecia ali, bem debaixo dos narizes de quem frequenta a UFU.

Métodos que parecem ficção

Os investigadores contam que os caras não usavam aqueles métodos antiquados de tráfico. Nada disso. Eles tinham um sistema de entrega que funcionava como um delivery de comida — só que em vez de pizza, entregavam drogas. Os clientes faziam pedidos por aplicativos de mensagem, e os "entregadores" apareciam em pontos combinados no campus ou arredores.

Mas o mais surreal? Os códigos. Os investigadores descobriram que usavam marcas em livros da biblioteca universitária para se comunicar. Sim, você leu direito: transformaram material de estudo em ferramenta do crime.

O que a polícia apreendeu

  • Dinheiro vivo — e não era pouco
  • Balanças de precisão (aquelas que parecem de laboratório)
  • Tablets e smartphones de última geração
  • Anotações com códigos que pareciam sair de um romance de espionagem
  • Diversas porções de maconha e cocaína, já prontas para entrega

O delegado responsável pela operação me contou, com certa incredulidade na voz, que nunca tinha visto nada parecido em seus anos de carreira. "Eles praticamente criaram uma startup do crime", disse ele, meio brincando, meio sério.

O alvo principal

As investigações apontam para um homem de 22 anos como o cérebro da operação. Um jovem — praticamente da idade de muitos universitários — coordenando tudo de forma meticulosa. É de se perguntar: o que leva alguém tão novo a se envolver nesse tipo de negócio?

Três mandados de prisão foram cumpridos, mas as investigações continuam. A sensação que fica é que essa foi só a ponta do iceberg — sempre tem mais por trás quando o assunto é tráfico em ambiente universitário.

O caso todo me fez refletir: até que ponto o tráfico se sofisticou? E o que isso diz sobre nossa sociedade quando o crime se disfarça de modernidade? Perguntas que, infelizmente, ficam no ar enquanto a polícia continua seu trabalho.