Numa ação que mistura suspense de filme policial com a realidade dura do crime organizado, as autoridades derrubaram uma rede sofisticada que desviava cafeína — sim, aquela mesma do seu café matinal — para alimentar o narcotráfico. A operação, que rolou em vários municípios do Vale do Paraíba, foi tão intensa que parece cena de Breaking Bad tropicalizada.
Os números que impressionam
28 carros — alguns de luxo, diga-se — ficaram na mão da polícia. Mas não foi só isso: mais de uma tonelada de produtos à base de cafeína, que deveriam estar em energéticos e remédios, foram encontrados prontos para virar 'aditivo' em drogas ilícitas. Um negócio que, segundo investigadores, movimentava milhões.
Como o esquema funcionava?
Parece roteiro de filme B, mas era real: os criminosos compravam a substância de fábricas legais (com documentos tudo certinho, pra disfarçar) e depois sumiam no mapa. A carga 'desaparecida' reaparecia em laboratórios clandestinos, onde era misturada a entorpecentes para aumentar o volume — e os lucros, claro.
"Eles tinham até contabilidade paralela", revelou um delegado, com aquele misto de admiração e repulsa que só quem lida com bandido esperto conhece. Os carros apreendidos? Eram usados tanto no transporte quanto como 'pagamento' entre os envolvidos. Alguns modelos chamaram atenção pelo luxo — afinal, crime compensa até dar errado.
O que dizem as autoridades
Num tom mais sério, o coordenador da operação foi direto: "Isso aqui não é sobre cafeína, é sobre cortar o oxigênio financeiro do tráfico". E completou, com aquela frase que sempre aparece em coletiva: "A investigação continua". Traduzindo: tem mais gente por trás disso, e a polícia tá no encalço.
Enquanto isso, os apreendidos — sete até agora — vão responder por associação ao tráfico e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar até 15 anos. Mas sabemos como é: no Brasil, cadeia pra esse tipo de crime costuma ser... bem, menos assustadora do que deveria.
