Operação Inceptio: Justiça do Acre determina soltura de mais dois investigados por tráfico e lavagem
Justiça solta mais dois na Operação Inceptio

Eis que a Justiça Federal no Acre mexe mais uma vez as peças do tabuleiro. Nesta sexta-feira, dois homens presos na famigerada Operação Inceptio — aquela que balançou as estruturas do crime organizado no estado — tiveram suas algemas abertas por decisão judicial. A coisa toda tem cheiro de polêmica, e como.

O desembargador federal João Batista, do TRF-1, não teve dúvidas: mandou soltar imediatamente os investigados. A defesa deles vinha argumentando há semanas que a prisão preventiva simplesmente não se sustentava — faltavam, segundo os advogados, elementos concretos que justificassem mantê-los atrás das grades.

Os detalhes que pesaram na balança

O que realmente convenceu o magistrado? Bom, parece que a acusação não conseguiu demonstrar de forma cabal — aquele tipo de prova que não deixa margem para dúvidas — que os dois representavam perigo para a investigação ou para a ordem pública. Sem esse risco claro, a prisão preventiva perde o sentido, não é mesmo?

E tem mais: a defesa apontou supostas ilegalidades no inquérito. Coisas que fariam qualquer processo tremer nas bases. O desembargador, porém, foi cauteloso — preferiu não entrar nesse mérito, concentrando-se apenas na necessidade da prisão.

O que a Inceptio já revelou

Quem acompanha o noticiário sabe — essa operação é das grandes. Desmontou uma organização que, segundo as investigações, movimentava quantias absurdas com drogas e lavagem de dinheiro. Estamos falando de um esquema que operava com uma frieza impressionante, quase como uma empresa legítima, só que no mundo sombrio do crime.

  • Investigações apontam movimentação financeira na casa dos milhões
  • Grupo atuava em múltiplas frentes: tráfico, lavagem, até mesmo ameaças
  • As prisões começaram em agosto, mas agora algumas solturas acontecem

Não é a primeira vez que a Justiça manda soltar investigados da Inceptio. No final de agosto, outros dois já haviam recuperado a liberdade. Isso me faz pensar — será que a acusação está sendo cautelosa demais nas prisões, ou a defesa está encontrando brechas legítimas?

E agora, o que esperar?

A soltura não significa, nem de longe, que os dois estão inocentes. A investigação continua rolando, e eles seguem respondendo ao processo — só que em liberdade. O Ministério Público Federal pode, claro, recorrer da decisão. A bola está agora com os procuradores.

Enquanto isso, a Operação Inceptio segue seu curso. Resta saber quantas outras reviravoltas ainda veremos nesse caso que já nasceu dramático. O certo é que, no xadrez entre lei e crime, cada movimento importa — e este último foi significativo.