Dívida de R$ 1.200 com o tráfico termina em tragédia: jovem de 22 anos é assassinado em Minas Gerais
Jovem executado por dívida de R$ 1.200 com tráfico em MG

A noite de quarta-feira em Uberaba, no Triângulo Mineiro, terminou em sangue. Tudo porque uma dívida aparentemente pequena – apenas R$ 1.200 – selou o destino de um jovem de 22 anos. O caso é daqueles que fazem a gente se perguntar até onde vai a sanha do crime organizado.

Por volta das 22h30, a rotina tranquila do bairro foi quebrada por vozes grossas e ameaçadoras. Dois homens, armados até os dentes, invadiram a casa onde o jovem estava. Testemunhas contaram depois que a cena foi de puro terror – os criminosos não pediram licença, simplesmente arrombaram a porta e arrastaram a vítima para fora como se fosse um objeto.

E o pior ainda estava por vir. Poucos metros adiante, na rua mesmo, executaram o rapaz com dois tiros na cabeça. Frio, calculista, o tipo de violência que corta a respiração.

O que levou à execução?

Segundo as primeiras investigações da Polícia Militar, a motivação parece ter sido uma dívida não honrada com o tráfico local. Os tais R$ 1.200 que transformaram uma vida em estatística. Parece pouco? Para as facções, qualquer quantia não paga vira questão de honra – ou melhor, de demonstração de poder.

O corpo foi encontrado ainda na calçada, enquanto os assassinos fugiram sem deixar rastro. A perícia trabalhou no local até altas horas, recolhendo provas que possam identificar os responsáveis. Mas numa cidade como Uberaba, onde todo mundo sabe de tudo, o silêncio às vezes fala mais alto.

Um retrato da violência urbana

O caso escancara uma realidade dura: o crime organizado age com impunidade cada vez maior, invadindo lares e ditando regras nas comunidades. E o mais assustador? A brutalidade parece não ter limites.

Vizinhos relataram à polícia que ouviram os disparos, mas ninguém teve coragem de interferir. Quem se arrisca a enfrentar o poder das facções? É o medo paralisante que toma conta de tantas comunidades brasileiras.

Enquanto isso, a família do jovem chora uma perda irreparável. Um rapaz de 22 anos – toda uma vida pela frente – ceifado por causa de uma dívida que poderia ter sido resolvida de mil outras formas. Mas no universo paralelo do crime, a linguagem é outra: bala, não diálogo.

A PM segue investigando o caso, mas sabe-se como são essas coisas – sem testemunhas dispostas a falar, fica difícil avançar. Resta a sensação amarga de que justiça, nesses casos, é artigo de luxo.