Uma mulher investigada pela Justiça Federal de Roraima por supostamente auxiliar uma fuga no Complexo Penitenciário da capital vive dias de luto e tensão. Em depoimento emocionado, ela lamenta a morte de um amigo próximo durante a megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que resultou em 14 mortos na última terça-feira (28).
Operação no Rio teve grande repercussão
A megaoperação, considerada uma das maiores dos últimos anos no Rio, aconteceu na Zona Oeste da cidade e tinha como objetivo combater integrantes do Comando Vermelho. Durante os confrontos, 14 pessoas morreram e outras 12 foram presas.
"Ele era como um irmão para mim", desabafa a mulher, que preferiu não se identificar. "Estou destruída com essa notícia. Não consigo acreditar que ele se foi dessa forma."
Investigação em Roraima continua
Enquanto vive o luto, a mulher ainda enfrenta processos na Justiça. Ela é investigada por supostamente ter fornecido apoio logístico para a fuga de detentos do presídio de Boa Vista em 2023. Segundo as investigações, ela teria ajudado na aquisição de equipamentos usados na evasão.
Em sua defesa, a investigada nega qualquer envolvimento com organizações criminosas:
- Afirma que as acusações são baseadas em suposições
- Garante que não participou do planejamento da fuga
- Diz que seu nome foi citado injustamente
- Defende que é inocente e confia na Justiça
Ligação entre os casos
As investigações apontam que a fuga em Roraima teria conexões com a mesma facção criminosa alvo da operação no Rio. Embora a mulher investigada insista em sua inocência, as autoridades seguem analisando possíveis vínculos entre os dois episódios.
"Estou sendo julgada sem provas concretas", desabafa. "Perdi um amigo querido e ainda preciso lidar com essa situação na Justiça. É muito doloroso."
O caso continua sob sigilo na Justiça Federal de Roraima, enquanto a Polícia Civil do Rio investiga as circunstâncias da morte do amigo da investigada durante a operação.