Imagine pegar a estrada sabendo que ao seu lado pode estar alguém que comprou sua habilitação sem nunca ter pisado num centro de formação? É de arrepiar. E foi exatamente isso que uma investigação conjunta entre os Ministérios Públicos do Amapá e do Pará acabou descobrindo.
O negócio era bem armado — e lucrativo, diga-se de passagem. Uma verdadeira máfia das carteiras falsas que atuava há anos, segundo as primeiras investigações. E o pior: colocando na rua gente que não tinha a menor condição de dirigir.
Como o esquema funcionava
Parece roteiro de filme, mas era a realidade. A organização criminosa — porque é disso que se trata — tinha métodos sofisticados para burlar o sistema. Eles falsificavam documentos com uma perícia que impressiona, criavam processos administrativos fantasmas e emitiam CNHs que pareciam absolutamente legítimas.
O detalhe é que tudo isso acontecia sem que os "habilitados" precisassem fazer sequer uma aula teórica. Nem pensar nas práticas, que são essenciais para qualquer um que vai assumir o volante. Uma irresponsabilidade sem tamanho.
As consequências reais
Agora, você pode estar pensando: "mas é só uma carteirinha". Só que não é. O perigo é concreto — e assustador. Estamos falando de vidas em jogo todos os dias nas estradas e ruas desses dois estados.
Quem comprava essas CNHs irregulares colocava em risco não apenas a própria segurança, mas a de todos que dividiam o asfalto com eles. Pedestres, ciclistas, outros motoristas... Uma verdadeira roleta-russa que ninguém sabia que estava jogando.
O trabalho das autoridades
O Ministério Público não está brincando em serviço. Eles já identificaram os principais envolvidos e estão rastreando o dinheiro — valores que, segundo fontes próximas ao caso, chegam a milhões de reais.
As investigações seguem a todo vapor, com a promessa de que todos os responsáveis serão devidamente responsabilizados. E olha, a lista de crimes não é pequena: falsificação de documentos, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva... É um pacote completo de ilegalidades.
O que me preocupa — e muito — é quantos desses "motoristas fantasmas" ainda estão por aí, dirigindo sem a menor qualificação. É um problema de segurança pública que vai muito além do que imaginamos.
Enquanto isso, as autoridades seguem na busca por mais envolvidos e na tentativa de retirar das ruas todos que se habilitaram por meio desse esquema criminoso. Uma tarefa hercúlea, mas necessária.
