Faccião usava brinquedos para aliciar crianças ao crime em grupo de WhatsApp, revela investigação no Piauí
Facção usava brinquedos para aliciar crianças no WhatsApp

Uma investigação da Polícia Civil do Piauí revelou uma estratégia perturbadora utilizada por uma facção criminosa para recrutar crianças e adolescentes. Os criminosos ofereciam brinquedos como isca para atrair menores e envolvê-los em atividades ilegais.

Esquema descoberto em Teresina

De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava no bairro Parque Jacinta, em Teresina, e utilizava um grupo no WhatsApp para coordenar a distribuição dos brinquedos. A estratégia fazia parte de um plano de expansão territorial da facção na região.

"Eles usavam os brinquedos como moeda de troca para ganhar a confiança das crianças e depois as aliciavam para o crime", explicou um delegado envolvido nas investigações.

Operação prende suspeitos

A Polícia Civil deflagrou a Operação Bumerangue na última segunda-feira (21), cumprindo dois mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Entre os presos está um homem identificado como líder do esquema de aliciamento.

Durante as buscas, os policiais apreenderam:

  • Brinquedos que seriam distribuídos
  • Aparelhos celulares
  • Diversas porções de drogas
  • Material de propaganda da facção

Grupo no WhatsApp era centro das operações

As investigações mostraram que o grupo no aplicativo de mensagens era o principal meio de comunicação entre os integrantes da facção. Por lá, eles combinavam:

  1. Quais brinquedos seriam comprados
  2. Quando e onde seriam feitas as distribuições
  3. Quais crianças seriam abordadas
  4. Como recrutar os menores para atividades criminosas

"Esta é uma prática comum entre as facções, que buscam formar novas gerações de criminosos desde cedo", alertou o delegado responsável pelo caso.

Alerta para pais e responsáveis

As autoridades reforçam a importância de os pais monitorarem as amizades e atividades de seus filhos, especialmente o uso de redes sociais e aplicativos de mensagem. "A oferta de presentes e brinquedos pode esconder intenções criminosas", finalizou o delegado.

A investigação continua para identificar outras pessoas envolvidas no esquema e possíveis vítimas do aliciamento.