
Imagine acordar com batidas na porta e se deparar com homens armados dando ordens: você tem exatamente um dia para sumir do lugar que chama de casa. Foi exatamente essa situação de pesadelo que moradores de um condomínio no Passaré, em Fortaleza, viveram nesta quarta-feira.
Por volta das 19h30, a rotina pacata do residencial foi quebrada por uma invasão que deixou todos em estado de choque. Dois indivíduos — segundo relatos, visivelmente armados — simplesmente entraram no prédio como se donos fossem. O clima, que antes era de tranquilidade, transformou-se num misto de medo e desespero.
"Ou vocês vazam, ou a gente volta com mais gente"
As ameaças foram diretas, sem rodeios. Os criminosos não usaram meias-palavras: deram 24 horas para que todos os moradores abandonassem suas casas. Sim, apenas um dia para desmontar uma vida inteira. E deixaram claro que, se a ordem não fosse cumprida, as consequências seriam graves.
O que mais assusta nesse tipo de situação — além do óbvio, claro — é a sensação de impotência. Como você reage quando sua segurança é violada dessa forma? Quando seu refúgio deixa de ser seguro?
Testemunhas contaram à Polícia que os homens se identificaram como integrantes de uma facção criminosa. E não era blefe: a forma como agiram, a postura, tudo indicava que estavam falando sério.
Reação imediata, mas a angústia permanece
Assim que os invasores foram embora, o pânico se instalou de vez. Alguns moradores, em desespero, ligaram para a polícia às 20h08. A resposta veio rápido, é verdade. Uma equipe da 19ª DP (Delegacia de Polícia de Plantão) chegou ao local para colher depoimentos e iniciar as investigações.
Mas cá entre nós: depois de uma ameaça dessas, como dormir tranquilo? Como confiar que tudo vai ficar bem quando criminosos sabem onde você mora e demonstraram total disposição para voltar?
O caso já está sendo tratado como extorsão mediante grave ameaça — o que me parece um eufemismo considerando o terror psicológico que esses moradores estão enfrentando.
Enquanto isso, as famílias do condomínio seguem num impensável dilema: arrumam as malas correndo e perdem tudo o que construíram, ou arriscam ficar e enfrentar as possíveis consequências? Decisão impossível para qualquer ser humano.