Não deu outra. Itapema, aquela cidade praiana que todo mundo associa a férias e tranquilidade, virou palco de um crime que deixou até os mais endurecidos de cabelo em pé. Na noite desta quinta (17), um homem — ainda não identificado — foi executado a tiros num ataque que teve tudo de profissional.
E não parou por aí. Os caras, que pareciam saber exatamente o que estavam fazendo, ainda botaram fogo na moto usada no crime. Zero rastro, zero prova — ou pelo menos era o que eles achavam. A moto, agora um amontoado de ferro retorcido, foi encontrada já consumida pelas chamas.
O que se sabe até agora
Segundo os primeiros boletins, a vítima estava numa rua do bairro Morretes quando foi surpreendida. Testemunhas ouviram os disparos, mas quando chegaram ao local, só restava o corpo e o silêncio pesado da noite. Ninguém viu rostos, ninguém ouviu nomes — o clássico cenário de quem planejou cada detalhe.
A polícia trabalha com duas hipóteses:
- Ajuste de contas (e sabemos como isso costuma acabar no mundo do crime)
- Ou algo ainda mais sinistro, que pode envolver quadrilhas especializadas
O delegado responsável pelo caso — que pediu pra não ser identificado — soltou aquele jargão de sempre: "Estamos colhendo imagens de câmeras e ouvindo testemunhas". Mas entre nós? Esses crimes "profissionais" costumam deixar poucas pistas.
O modus operandi que preocupa
Queimar veículos usados em crimes não é exatamente novidade no submundo. Mas a frieza da execução — e a localização, numa cidade turística — deixa um gosto amargo na boca. Será que estamos vendo uma escalada da violência organizada na região? Ou foi algo pontual, uma conta que só interessava a meia dúzia de pessoas?
Enquanto isso, os moradores do bairro ficam naquele limbo entre o medo e a resignação. "A gente ouve falar, mas nunca acha que vai ser aqui", comentou uma vizinha que preferiu não se identificar. E não é sempre assim? Até o dia em que é.
