
Parece que algumas lições simplesmente não entram na cabeça, não é mesmo? O ex-jogador do Vasco da Gama, Alex Alves — que já foi uma promessa do futebol brasileiro — acabou de repetir a dose amarga que provou há menos de um ano. Desta vez, a Polícia Civil do Espírito Santo prendeu o atleta em flagrante por tráfico de drogas na cidade de Cachoeiro de Itapemirim.
A vida dá voltas impressionantes. De astro em campo a alvo da lei nas ruas — e olha que estamos falando de um intervalo curtíssimo, algo que beira o inacreditável. Menos de doze meses separam as duas detenções, o que mostra uma teimosia perigosa ou, quem sabe, uma falta completa de perspectiva.
Os detalhes que surpreendem
A operação que culminou na prisão aconteceu na noite de sexta-feira, mas os preparativos vinham de longa data. Segundo as investigações, Alex estava envolvido na venda de substâncias ilícitas na região — uma atividade que, convenhamos, está anos-luz distante dos gramados que um dia pisou com tanta classe.
Os policiais encontraram com o ex-atleta:
- Diversas porções de cocaína prontas para distribuição
- Uma quantia em dinheiro que levantou suspeitas
- Material para embalagem das drogas
Não é a primeira vez — e essa repetição me faz pensar: será que o sistema falhou ou foi ele que deliberadamente escolheu esse caminho? Difícil responder.
Um histórico preocupante
A primeira prisão aconteceu em outubro do ano passado, também por tráfico. Na ocasião, ele cumpriu pena em regime fechado, mas obteve o direito de responder em liberdade — uma liberdade que, aparentemente, não soube valorizar.
O que mais choca é a velocidade da reincidência. Parece que mal saiu de uma enrascada e já se meteu em outra. Como jornalista que acompanha casos assim há décadas, confesso que essa falta de aprendizado me surpreende.
Alex Alves tem 47 anos — idade suficiente para saber onde o calo aperta. Atuou como atacante no Vasco entre 1999 e 2001, época em que dividia o vestiário com grandes nomes do futebol. Da glória ao ostracismo, o caminho foi mais rápido do que um contra-ataque.
O que esperar do futuro?
Agora, o ex-jogador está novamente atrás das grades no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro. Desta vez, a justiça pode ser mais dura — e com razão, diga-se de passagem.
O caso serve como alerta para tantos outros atletas que, ao se aposentarem, enfrentam dificuldades para se reinventar. Mas convenhamos: existem limites para a compreensão. Tráfico é crime grave, que destrói vidas e comunidades inteiras.
Enquanto isso, torcedores e companheiros de profissão se perguntam: onde foi que a coisa desandou? O que leva alguém que já teve tanto a arriscar tudo por um caminho tão sombrio? Perguntas que, talvez, nunca tenham resposta satisfatória.