Um dos principais envolvidos no escândalo da Máfia do ISS em Salvador acaba de ser transferido para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. A medida foi determinada pela Justiça Federal após a condenação do ex-auditor fiscal Carlos Roberto de Oliveira Cerqueira a 15 anos de prisão.
Esquema milionário de corrupção
O ex-auditor foi condenado por integrar uma organização criminosa que desviou milhões de reais dos cofres públicos de Salvador. O grupo atuava concedendo isenções fiscais irregulares do Imposto Sobre Serviços (ISS) para grandes empresas em troca de propina.
Segundo as investigações, o esquema funcionava através de:
- Emissão de pareceres técnicos favoráveis indevidos
- Concessão de benefícios fiscais fraudulentos
- Recebimento de vantagens financeiras em troca das irregularidades
- Formação de uma rede organizada dentro da administração municipal
Transferência para segurança máxima
A decisão de transferir Carlos Roberto para o presídio federal foi baseada em critérios de segurança e pela necessidade de isolamento do condenado. O Presídio Federal de Catanduvas é uma unidade de segurança máxima e abriga outros presos de alta periculosidade.
O ex-auditor estava preso desde 2022 no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, aguardando o julgamento de recursos. Com a transferência, ele passa a cumprir pena em regime fechado em instalações federais.
Impacto do caso na administração pública
O escândalo da Máfia do ISS revelou graves falhas no sistema de controle fiscal do município de Salvador. A investigação, que ficou conhecida como Operação Áulus, expôs como auditores e funcionários públicos se organizaram para desviar recursos que deveriam ser investidos em serviços para a população.
O caso serviu como alerta para a necessidade de maior transparência e controle nos processos de concessão de benefícios fiscais em todo o país.