Empresário do agronegócio preso em esquema de furto de energia em MT
Empresário preso por furto de energia em Lucas do Rio Verde

Operação Ignis Justiça prende empresário por furto de energia elétrica

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu um empresário do agronegócio na última quarta-feira (26) durante a Operação Ignis Justiça, que investiga um esquema sofisticado de desvio de energia elétrica. A prisão ocorreu em Lucas do Rio Verde, município localizado a 360 km de Cuiabá.

Esquema organizado envolvia três pessoas

Além do empresário, a Justiça decretou a prisão preventiva de outras duas pessoas: um engenheiro eletricista e um ex-funcionário terceirizado de uma concessionária de energia. Segundo as investigações, o grupo atuava de forma altamente planejada para cometer os crimes de furto de energia em larga escala.

As autoridades policiais identificaram que o esquema utilizava métodos avançados e conhecimento interno do sistema elétrico para adulterar medidores de consumo. O engenheiro eletricista era responsável pelas alterações técnicas ilegais, enquanto o ex-funcionário da concessionária utilizava seu acesso privilegiado aos sistemas para facilitar as fraudes.

Oito mandados cumpridos em três cidades

A operação policial cumpriu oito mandados de busca e apreensão além dos três mandados de prisão preventiva. As equipes da Polícia Civil estiveram presentes em três unidades do grupo empresarial investigado:

  • Uma unidade no setor industrial de Lucas do Rio Verde
  • Outra na zona rural, sentido Sorriso, a aproximadamente 15 km da cidade
  • A terceira unidade em Sorriso

As buscas também foram realizadas nas residências dos investigados, com o objetivo de coletar provas e documentos que comprovem a extensão do esquema criminoso.

Prejuízos para o sistema elétrico e população

De acordo com a Polícia Civil, o empresário era o beneficiário direto dos furtos de energia cometidos nas empresas investigadas. O crime não era ocasional, mas sim uma prática contínua e prolongada que causou significativos prejuízos ao sistema elétrico.

As investigações indicam que o esquema foi estruturado especificamente para reduzir artificialmente o consumo real de empresas com grande movimentação financeira. Os recursos desviados deveriam ser destinados à concessionária de energia e, indiretamente, beneficiar a população através de investimentos no sistema.

A corporação policial ressaltou que esse tipo de crime afeta toda a sociedade, já que os prejuízos sofridos pelas concessionárias acabam refletindo na qualidade do serviço prestado e nos valores cobrados dos consumidores.