Caso Wallace: executor recebeu R$ 50 mil para assassinar empresário — veja valores pagos a cada envolvido
Caso Wallace: executor recebeu R$ 50 mil por assassinato

Era uma terça-feira comum em Vitória até que o corpo do empresário Wallace apareceu com marcas de violência extrema. O que parecia um crime passional revelou-se uma trama bem urdida — e caríssima. O pistoleiro, diga-se, embolsou R$ 50 mil limpos pelo serviço. Mas não trabalhou sozinho.

O preço de uma vida

Segundo delegados que preferiram não se identificar (afinal, a investigação ainda corre em segredo de Justiça), a quantia total girou em torno de R$ 150 mil. Dá pra comprar um carro zero com isso, ou, no caso, eliminar um desafeto. Cinismo à parte, os valores variaram conforme o papel de cada um:

  • O "faz-tudo": R$ 50 mil (e um par de algemas como brinde)
  • O intermediário: R$ 30 mil pelo "contato estratégico"
  • Os vigias: Dois receberam R$ 15 mil cada — barato pela discrição
  • O informante: R$ 10 mil por dados da rotina da vítima
  • O motorista de fuga: R$ 5 mil (e um susto que durou meses)

Curiosamente, o mandante — cujo nome ainda não vazou — parece ter economizado na mão de obra. "Crime por encomenda tá com tabela de camelô ultimamente", comentou um investigador sob condição de anonimato.

Fios que se desatam

Tudo começou a desmoronar quando um dos vigias, após três noites sem dormir, resolveu cantar a pedra. A polícia já suspeitava de contas bancárias com depósitos atípicos — dinheiro que sumia rápido em casas de aposta. "Tinha cara de pagamento por serviço sujo", contou um perito financeiro.

As escutas telefônicas? Ah, essas revelaram diálogos dignos de filme B:

"O pacote tá completo. Só falta a entrega."
"Quero tudo resolvido antes do feriado."

Nada como um homicídio com prazo de validade, não? O que esses sujeitos não contavam era com a teimosia da Divisão de Homicídios, que passou três meses cruzando dados até fechar o cerco.

Justiça com gosto amargo

Até agora, quatro dos seis envolvidos estão atrás das grades. O executor principal — um ex-segurança com passagem por roubo — tentou fugir para Minas Gerais, mas foi pego comprando pão de queijo numa padaria de beira de estrada. Ironias do destino.

Falta prender o mandante, claro. Especula-se que seja um concorrente de Wallace no ramo de transportes, mas a polícia evita confirmar. "Tá todo mundo de olho no WhatsApp dessa gente", soltou um delegado entre um gole de café e outro.

Enquanto isso, a família do empresário enterrou não só um ente querido, mas a ilusão de que negócios em Vitória são disputados apenas no campo das ideias. Triste realidade.