
Numa tarde comum em Pirapora, cidade banhada pelo São Francisco, o silêncio foi quebrado por sirenes. A polícia chegou rápido, como quem já sabe onde pisa. E não é que sabiam mesmo?
Um casal, até então discreto, virou alvo depois que alguém — ninguém sabe quem, mas alguém com informações bem precisas — resolveu abrir o jogo. "Tem droga guardada na casa deles", disse a voz anônima. E não deu outra.
Operação rápida, surpresa maior
Os agentes nem precisaram revirar tudo. As evidências estavam ali, quase à vista: pacotes cuidadosamente embalados, mas não cuidadosamente o suficiente. Maconha, cocaína e até umas "invenções" que os peritos ainda estão analisando.
"A gente desconfiava, mas a quantidade surpreendeu", comentou um dos policiais, enquanto anotava detalhes num bloquinho já gasto. O casal, entre surpreso e resignado, não falou muito. Só o básico: "Não é nosso", claro. Sempre dizem isso, não é?
O que diz a lei (e a vizinhança)
Enquanto isso, na rua, os vizinhos se aglomeravam. Uns com cara de "sabia!", outros genuinamente chocados. "Eles sempre foram tranquilos", garantia uma senhora, enquanto ajustava os óculos para ver melhor a cena.
O delegado, por sua vez, foi direto: "Isso aqui é tráfico, não é caso de usuário". A diferença, como todo mundo sabe, está na quantidade — e nas intenções. O casal agora responde por artigo 33 da Lei de Drogas. Se condenado, pode pegar de 5 a 15 anos. Duro, hein?
Ah, e detalhe: a casa foi interditada. Vai virar ponto de referência naquela rua — mas não do jeito que os moradores gostariam.