Um violento ataque a tiros deixou três homens mortos na madrugada desta quinta-feira (20) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em frente a um bar lotado no bairro Jardim Monte Castelo, região dominada por milícias, e provocou pânico entre os clientes que estavam no local.
Detalhes do ataque brutal
De acordo com testemunhas, dois homens armados com fuzis chegaram em um carro preto e abriram fogo contra três homens que haviam acabado de sair de um veículo. O trio morreu no local após ser atingido por múltiplos tiros.
A perícia constatou que os criminosos dispararam pelo menos 109 vezes durante o ataque, que aconteceu em uma área conhecida pelo domínio de grupos milicianos. O bar estava cheio de clientes no momento dos tiros, que fugiram em desespero ao ouvir os disparos.
Vítimas tinham extensas passagens pela polícia
As três vítimas foram identificadas e possuíam histórico criminal significativo. Luiz Carlos Pereira dos Santos, conhecido como "Nem Corolla", tinha sete anotações criminais, sendo cinco por homicídio - incluindo um caso envolvendo o pai de um ex-prefeito de Vassouras.
Antony Cruz Eiras possuía impressionantes 14 passagens pela delegacia, com suspeitas de homicídio e lesão corporal. Já Patrick Vieira dos Santos estava portando um revólver calibre 38 e munição no momento da morte.
Racha na milícia motivou execução
Segundo o delegado Nathan Aceti, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, a principal linha de investigação aponta para um racha na milícia que atua na região. As vítimas seriam ex-integrantes do grupo, e o ataque pode ter sido motivado por disputa territorial.
O delegado explicou que, após o desmembramento da facção, Nem Corolla passou a comandar um novo grupo, o que teria motivado o ataque do grupo rival. A polícia investiga se a pistola encontrada com uma das vítimas foi roubada durante o confronto.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal, enquanto a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense continua as investigações para identificar e prender os responsáveis pelo ataque que aterrorizou a comunidade local.