
Era uma madrugada enevoada na fronteira entre o Amapá e o Pará quando os agentes encontraram o que restava dele. O oitavo. Mais um nome para a lista macabra que já dura quase uma semana - um quebra-cabeças de horror montado peça por peça no meio da selva.
Os garimpeiros - homens rudes acostumados aos perigos da profissão - foram pegos de surpresa. Alguém (ou algum grupo) planejou meticulosamente aquela noite. As marcas nos corpos não deixam dúvidas: isso foi execução, não confronto.
O que se sabe até agora:
- Os corpos foram encontrados espalhados em raio de 3 km - estratégia clara para dificultar a investigação
- Duas vítimas apresentavam sinais de tortura prévia (e aqui a gente se pergunta: que tipo de ódio leva a isso?)
- Armas de grosso calibre foram usadas - coisa de quem veio pra guerra mesmo
O delegado responsável, em entrevista coletiva ontem, parecia exausto. "Não é trabalho fácil dormir depois de ver cenas como essas", confessou, esfregando os olhos. A equipe dele trabalha contra o relógio - a chuva dos últimos dias quase apagou as pistas.
Teorias que circulam:
- Guerra entre facções pelo controle das áreas de garimpo (a região vale seu peso em ouro, literalmente)
- Ajuste de contas interno - alguns garimpeiros teriam "pecado" contra as regras não escritas do garimpo
- Operação policial extraoficial que saiu do controle (rumor que as autoridades negam veementemente)
Enquanto isso, nas comunidades próximas, o clima é de tensão. "Todo mundo conhece alguém que trabalha no garimpo", me disse uma comerciante local, pedindo para não ser identificada. O medo? Que a lista de oito nomes não pare por aí.
O que mais choca os investigadores é a frieza. Nada foi roubado - nem equipamentos, nem o pouco ouro que carregavam. Isso não foi sobre ganância. Foi sobre mandar uma mensagem. Mas que mensagem? E pra quem?