A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta quinta-feira (4), uma grande operação para desmantelar a cúpula e o núcleo de apoio de uma poderosa organização criminosa em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Batizada de Operação Fachada, a ação resultou na prisão de 18 pessoas e cumpriu 13 mandados de busca e apreensão.
Detalhes da ação policial
Durante a operação, foram cumpridos 18 mandados de prisão. Desse total, seis investigados já se encontravam no sistema prisional. As buscas domiciliares permitiram a apreensão de celulares, documentos e cheques que serão periciados para fortalecer as provas contra o grupo.
A Justiça também determinou uma série de medidas cautelares contra 41 pessoas físicas e três empresas. Entre as determinações estão o bloqueio de valores que podem atingir R$ 5 milhões por alvo e o sequestro judicial de um veículo.
Perfil dos presos e esquema criminoso
Entre os detidos estão figuras consideradas peças-chave para a operação da facção. A investigação apontou a participação de uma advogada, um empresário do ramo de veículos e um policial militar.
Segundo a PCMG, a advogada teria extrapolado suas funções profissionais ao repassar ordens de líderes presos e informações sigilosas para membros da organização criminosa em liberdade.
O empresário é suspeito de atuar em duas frentes ilícitas: lavagem de dinheiro e transporte de armas para a facção. Já o policial militar teria participado de negociações ilegais envolvendo a compra e venda de veículos, com um agravante: o repasse de armas de fogo como parte do pagamento após um negócio que não foi concluído.
Fachada legal para crimes
O nome da operação, Fachada, foi escolhido porque a investigação revelou que o grupo utilizava empresas e serviços aparentemente legais para dar suporte às suas atividades ilícitas. Essa estrutura servia para mascarar a origem do dinheiro e facilitar a logística do crime.
As investigações, que começaram há meses, continuam em andamento para identificar outros envolvidos e apurar a extensão total das atividades da organização criminosa, ligada a uma das maiores facções do país.
Todo o material apreendido será submetido à perícia técnica, e as provas coletadas devem embasar novas ações judiciais contra a rede criminosa desarticulada nesta quinta-feira em Teófilo Otoni.