As câmeras não mentem. E agora, uma gravação inédita — que chegou às mãos da polícia — mostra com detalhes quase cruéis os instantes finais de Rodrigo Tacla Duran. O advogado, cujo nome ficou marcado na história recente do país pelo envolvimento no escândalo do Mensalão, aparece parado numa calçada qualquer de São Paulo, completamente alheio ao que estava por vir.
Que ironia do destino, não? Um homem que navegou por águas tão turbulentas na justiça, sendo surpreendido de forma tão banal, tão... comum. Ele estava ali, simplesmente parado na Rua Humberto I, no Jardim Paulistano, zona nobre da cidade. Com o celular na mão, como qualquer um de nós faria num momento de espera.
Os detalhes que as imagens revelam
O vídeo — obtido com exclusividade — mostra Duran vestindo uma camisa social clara e calça escura. Parecia um profissional qualquer, talvez esperando um táxi ou alguém. O telefone era seu centro de atenção. Quem será que ele estava tentando contatar? Que conversa ficou para sempre interrompida?
As imagens são claras, mas o contexto... ah, o contexto continua cheio de sombras. A gravação foi feita por volta das 18h30 daquela terça-feira fatídica. O horário em que a cidade começa a se recolher, mas ainda mantém seu movimento característico.
Um crime que ressurta fantasmas do passado
Não dá para dissociar. Rodrigo Tacla Duran não era apenas mais um advogado. Sua trajetória estava intrinsecamente ligada a um dos capítulos mais turbulentos da política brasileira — o Mensalão. E agora, sua morte violenta reacende perguntas que muitos pensavam enterradas.
O que me deixa pensativo é o timing. O caso completo 20 anos em 2025, e justamente agora surge esse desfecho trágico. Coincidência? Difícil acreditar. A polícia, é claro, trata todas as linhas de investigação como possíveis. Desde acerto de contas até assalto. Mas convenhamos — a história desse homem era tudo, menos simples.
As investigações seguem. As peças desse quebra-cabeça macabro ainda estão espalhadas. O que sabemos é que um homem perdeu a vida de forma brutal. Que uma família chora. E que o sistema — seja ele qual for — mostrou mais uma vez suas garras.
Restam as imagens. E o silêncio ensurdecedor de perguntas sem resposta.
