Vídeos e áudios vazados expõem rotina de empresário após assassinato de gari em BH — veja detalhes
Vazamentos mostram rotina de empresário após assassinato em BH

O caso que deixou Belo Horizonte em estado de choque ganhou novos capítulos — e dessa vez, com imagens que falam por si. Materiais exclusivos, obtidos após semanas de apuração, mostram o empresário acusado pelo assassinato do gari Wanderson Ferreira dos Santos vivendo como se nada tivesse acontecido.

Nos vídeos — capturados por câmeras de segurança e dispositivos pessoais —, ele aparece frequentando restaurantes caros, rindo em conversas pelo celular e até negociando contratos. Tudo isso menos de 72 horas após o crime que, segundo testemunhas, teria sido cometido em um acesso de fúria.

O que as imagens mostram?

  • Jantares em estabelecimentos de luxo na Savassi
  • Conversas descontraídas com sócios, sem qualquer sinal de remorso
  • Deslocamentos frequentes entre endereços comerciais e um condomínio fechado

Curiosamente, a defesa do acusado havia alegado "crise de ansiedade" e "isolamento voluntário" no período. As imagens, no entanto, contam outra história — uma que os advogados, agora, terão dificuldade em explicar.

"É de cortar o coração", desabafa uma vizinha da vítima, que preferiu não se identificar. "Enquanto a família do Wanderson chorava no velório, ele estava lá, vivendo normalmente, como se fosse só mais um dia qualquer."

Os áudios que complicam

Se as imagens já eram comprometedoras, os áudios obtidos pela reportagem deixam a situação ainda pior. Em um trecho especialmente revelador, o empresário comenta sobre "problemas com a equipe" e "gastos inesperados" — numa clara referência, segundo especialistas consultados, às despesas com advogados.

Detalhe cruel: em nenhum momento ele menciona o nome de Wanderson ou demonstra qualquer tipo de arrependimento. "Parece que estava falando de um objeto quebrado, não de uma vida perdida", analisa o psicólogo forense Carlos Mendonça.

O caso, que já era grave, ganha agora contornos ainda mais sombrios. Resta saber como a Justiça — e a opinião pública — vão reagir a essas novas provas.