Torcedor do Peñarol Condenado a 6 Anos: Justiça do Rio põe Fim em Briga de Arquibancada
Torcedor do Peñarol condenado a 6 anos por briga

O clima pesado das arquibancadas do Maracanã naquela noite de 2019 – quem estava lá lembra – culminou numa decisão judicial que vai ecoar pelos estádios do país. A Justiça do Rio, num daqueles veredictos que a gente fica pensando depois, condenou um torcedor do Peñarol a seis anos de prisão. Não foi por qualquer infração, mas por tentativa de homicídio, um salto gravíssimo na escalada da violência nos estádios.

O episódio, que parecia mais uma briga banal entre facções rivais, ganhou contornos de tragédia. Tudo aconteceu durante o jogo entre Fluminense e o time uruguaio, pela Copa Libertadores. O que começou com insultos e provocações – coisa que, infelizmente, já virou rotina – descambou para a agressão física com uma faca. Sim, uma faca. O torcedor do Fluminense, a vítima, levou uma facada nas costas. O golpe, aplicado pelas costas e de surpresa, perfurou o pulmão dele. Foi por um triz que a coisa não terminou muito pior.

O Longo Caminho até a Sentença

O processo arrastou-se por cinco anos. Cinco anos! A defesa tentou de tudo, argumentou que não havia intenção de matar, que foi uma reação no calor do momento. Mas o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) construiu um caso sólido. A acusação de tentativa de homicídio qualificado prevaleceu. A justiça entendeu que o autor agiu por um motivo fútil – a tal rivalidade clubística – e usando um meio que dificultou a defesa da vítima (o ataque pelas costas).

E agora? A pena é de seis anos de reclusão, inicialmente em regime fechado. A condenação é um recado claro, um ponto fora da curva. Quantas brigas assim terminam em nada? Em arquivamento? Dessa vez, não. Dessa vez, a justiça conseguiu alcançar alguém que veio de outro país só para armar confusão e cometer um crime brutal.

Um Precedente Importante

O que isso significa para o futuro? Bom, é difícil dizer com certeza, mas juristas já veem isso como um caso paradigmático. Estabelece um precedente forte para punir com rigor a violência extrema dentro e no entorno dos estádios. Será que outros torcedores, daqueles que vão ao estádio preparados para o conflito, vão pensar duas vezes antes de agir? A gente espera que sim.

O futebol é paixão, é drama, é alegria e tristeza. Mas não pode ser, jamais, palco para esse tipo de selvageria. A condenação desse torcedor é um pequeno passo, mas significante, na direção certa. Resta saber se as federações e os clubes vão fazer a sua parte também.