Após 24 anos foragido, homem é preso por homicídio na Serra, ES
Preso após 24 anos por crime em alojamento na Serra, ES

A Polícia Civil efetuou a prisão de um homem que estava foragido há mais de duas décadas, acusado de cometer um homicídio qualificado no Espírito Santo. O caso, que remonta ao ano de 2001, teve um desfecho nesta quinta-feira (4), com a captura do suspeito em Minas Gerais.

O crime ocorrido em 2001

Joaquim Lúcio da Silva, hoje com 65 anos, é acusado de assassinar Carlos Alberto dos Santos no dia 18 de abril de 2001. O crime aconteceu na região de Laranjeiras, na Serra, na Grande Vitória. Ambos dividiam um alojamento com outras cinco pessoas, pois trabalhavam para uma empresa que prestava serviços à antiga Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST).

O local exato da tragédia foi o refeitório do alojamento. De acordo com relatos de testemunhas colhidos na época, os dois colegas mantinham uma tensão constante, com discussões frequentes motivadas por "motivos fúteis".

As provocações que levaram ao crime

As investigações apontaram que Carlos Alberto provocava Joaquim de forma repetida e insistente. Entre as ações de deboche, a vítima recortava reportagens de jornais mineiros que falavam sobre supostos parentes do acusado envolvidos em crimes violentos e as mostrava a ele.

Além disso, Carlos Alberto proferia frases de intimidação, como "minha família é de matar", e também zombava do colega, afirmando que recebia um salário maior. Na fatídica tarde, após uma nova rodada de provocações, a situação atingiu o ponto de ruptura.

Joaquim, então, se dirigiu ao dormitório, pegou um revólver, retornou ao refeitório e efetuou um disparo contra Carlos Alberto, que morreu no local.

A prisão após 24 anos de fuga

O paradeiro de Joaquim Lúcio da Silva permaneceu desconhecido por 24 anos. A virada no caso ocorreu na manhã desta quinta-feira, quando a Delegacia de Vila Valério, no ES, repassou informações sobre a localização do foragido para a Polícia Civil de Minas Gerais.

Equipes policiais mineiras localizaram e prenderam o acusado na cidade de Conceição de Mato Dentro, em Minas Gerais. Ele vivia de forma discreta no município e não despertava suspeitas na comunidade local.

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) já havia denunciado Joaquim e solicitado seu julgamento pelo Tribunal do Júri. A Justiça decretou sua prisão preventiva, fundamentando a decisão no fato de o acusado não ter vínculos com a região do crime e ter se mantido em paradeiro desconhecido por todo esse tempo.

A Polícia Civil informou que ele responderá pelo crime de homicídio qualificado. O g1 tenta localizar a defesa do acusado para obter um posicionamento.